Meu nome é Afonso Soares de Melo, e resolvi contar algo que se passou comigo:
Estava sentado no meu escritório quando lembrei de uma chamada telefônica que tinha que fazer. Encontrei o número e disquei. Atendeu-me um cara mal humorado dizendo:
- Fale!!!
- Bom dia. Poderia falar com Andréa?
O cara do outro lado resmungou algo que não entendi e desligou na minha cara. Não podia acreditar que existia alguém tão grosso. Depois disso, procurei na minha agenda o número correto da Andréa e liguei.
O problema era que eu tinha invertido os dois últimos dígitos do seu número.
Depois de falar com a Andréa, observei o número errado ainda anotado sobre a minha mesa. Decidi ligar de novo. Quando a mesma pessoa atendeu, falei:
- Você é um Filho da puta!!!
Desliguei imediatamente e anotei ao lado do número a expressão "Filho da puta" e deixei o papel sobre a minha agenda. Assim, quando estava nervoso com alguém, ou em um mau momento do dia, ligava pra ele, e quando atendia, lhe dizia "Você é um Filho da puta" e desligava sem esperar resposta. Isto me fazia sentir realmente muito melhor.
Ocorre que a Telepar introduziu o novo serviço "bina" de identificação de chamadas, que me deixou preocupado e triste porque teria que deixar de ligar para o "Filho da puta".
Então, tive uma idéia: disquei o seu número de telefone, ouvi a sua voz dizendo "Alô " e mudei de identidade:
- Boa tarde, estou ligando da área de vendas da Telepar, para saber se o senhor conhece o nosso serviço de identificador de chamadas "bina".
- Não estou interessado! - disse ele, e desligou na minha cara.
O cara era mesmo mal-educado. Rapidamente, disquei novamente:
- Alô? - É por isso que você é um Filho da puta!!! - e desliguei.
Aqui vale até uma sugestão: se existe algo que realmente está lhe incomodando, você sempre pode fazer alguma coisa para se sentir melhor: simplesmente disque 0xx41-7643.6732 ou o número de algum outro Filho da puta que você conheça, e diga para ele o que ele realmente é. Acontece que eu fui até o shopping, no centro da cidade, comprar umas camisas. Uma senhora estava demorando muito tempo para tirar o carro de uma vaga no estacionamento. Cheguei a pensar que nunca fosse sair. Finalmente seu carro começou a mover-se e a sair lentamente do seu espaço.
Dadas às circunstâncias, decidi retroceder meu carro um pouco para dar à senhora todo o espaço que fosse necessário: "Grande!" pensei, "finalmente vai embora".
Imediatamente, apareceu um Vectra preto vindo do outro lado do estacionamento e entrou de frente na vaga da senhora que eu estava esperando. Comecei a tocar a buzina e a gritar:
- Ei, amigo. Não pode fazer isso! Eu estava aqui primeiro! - O fulano do Vectra simplesmente desceu do carro, fechou a porta, ativou o alarme e caminhou no sentido do shopping, ignorando a minha presença, como se não estivesse ouvindo. Diante da sua atitude, pensei: "esse cara é um grande Filho da puta! Com todacerteza tem uma grande quantidade de Filhosda puta neste mundo!". Foi aí que percebi que o cara tinha um aviso de "VENDE-SE" no vidro do Vectra. Então, anotei o seu número telefônico e procurei outra vaga para estacionar. Depois de alguns dias, estava sentado no meu escritório e acabara de desligar o telefone - após ter discado o 0xx41-7643.6732 do meu velho amigo e dizer "Você é um Filho da puta" (agora já é muito fácil discar pois tenho o seu número na memória do telefone), quando vi o número que havia anotado do cara do Vectra preto e pensei: "Deveria ligar para essecara também". E foi o que fiz. Depois de um par de toques alguém atendeu:
- Alô.
- Falo com o senhor que está vendendo um Vectra preto?
- Sim, é ele.
- Poderia me dizer onde posso ver o carro?
- Sim, eu moro na Rua XV, n° 527. É uma casa amarela e o Vectra está estacionado na frente.
- Qual e o seu nome?
- Meu nome e Eduardo Cerqueira Marques - diz o cara.
- Qual a hora é mais apropriada para encontrar com você, Eduardo?
- Pode me encontrar em casa à noite e nos finais de semana.
- É o seguinte Eduardo, posso te dizer uma coisa?
- Sim.
- Eduardo, você é um grande Filho da puta!!! - e desliguei o telefone.
Depois de desligar, coloquei o número do telefone do Eduardo (que parecia não ter "bina", pois não fui importunado depois que falei com ele) na memória do meu telefone. Agora eu tinha um problema: eram dois "Filhos da puta" para ligar.
Após algumas ligações ao par de "Filhos da puta" e desligar-lhes, a coisa não era tão divertida como antes. Este problema me parecia muito sério e pensei em uma solução: em primeiro lugar, liguei para o "Filho da puta 1". O cara, mal-educado como sempre, atendeu:
- Alô - e então falei:
- Você é um Filho da puta - mas desta vez não desliguei. O "Filho da puta 1" diz:
- Ainda está aí, desgraçado?
- Pare de me ligar, seu filho da mãe - disse ele, irritadíssimo.
- Não paro nããão, Filho da putinha querido!!!
- Qual é o teu nome, lazarento? - berrou ele, descontrolado!
Eu, com voz séria de quem também está bravo, respondi:
- Meu nome é Eduardo Cerqueira Marques, seu filho da Puta. Porquê???
- Onde você mora, que eu vou aí te pegar, desgraçado? - gritou ele.
- Você acha que eu tenho medo de um Filho daputa? Eu moro na Rua XV, n°527, em uma casa amarela, e o meu Vectra preto está estacionado na frente. Seu palhaço filho da puta. E agora, vai fazer o quê???? - gritei eu.
- Eu vou até aí agora mesmo, cara. É bom que comece a rezar, porque você já era. - rosnou ele.
- Uuiii! É mesmo? Que medo me dá, Filho da puta. Você é um bosta! E eu estou na porta da minha casa te esperando!!! - e desliguei o telefone na cara dele. Imediatamente liguei para o "Filho da puta2".
- Alô - diz ele.
- Olá, grande Filho da puta!!! - falei.
- Cara, se eu te encontrar vou... - Vai o quê? O que você vai fazer??? Seu Filho da puta! - Vou chutar a sua boca até não ficar nenhum dente, cara!!!
- Acha que eu tenho medo de você, Filho da puta?
Vou te dar uma grande oportunidade de tentar chutar minha boca, pois estou indo para tua casa, seu Filho da puta!!! E depois de arrebentar sua cara, vou quebrar todosos vidros desta porcaria de Vectra que você tem. E reze pra eu não botar fogo nessa casa amarelinha de bicha. Se for homem, me espera na porta em 5 minutos, seu Filho da puta!!! - e bati o telefone no gancho.
Logo, fiz outra ligação, desta vez para a polícia. Usando uma voz afetada e chorosa, falei que estava na Rua XV, n° 527, e que ia matar o meu namorado homossexual assim que ele chegasse em casa. Finalmente peguei o telefone e liguei o programa da CNT "Cadeia" do Alborguetti, para reportar que ia começar uma briga de um marido que ia voltando mais cedo para casa para pegar o amante da mulher que morava na Rua XV, n° 527. Depois de fazer isto, peguei o meu
carro e fui para Rua XV, n° 527, para ver o espetáculo.
Foi demais, observar um par de "Filhos da puta" chutando-se na frente de duas equipes de reportagem, até a chegada de 3 viaturas e um helicóptero da polícia, levando os dois algemados e arrebentados para a delegacia.
Moral da história? - Não tem moral nenhuma!
Foi de sacanagem mesmo... E vê se atende o telefone educadamente, pois posso ser eu ligando para você por engano...
Uma seleção daqueles e-mails que você recebe de amigos, colegas de trabalho, chefes, parentes, etc...
terça-feira, dezembro 24, 2002
terça-feira, dezembro 17, 2002
Os palavrões não nasceram por acaso.
São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia. "Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "Pra caralho"? "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas pra caralho, o Sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, eu gosto de cerveja pra caralho, entende?
No gênero do "Pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "Nem fodendo!". O "Não, não e não!" e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente não!" o substituem. O "Nem fodendo" é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!". O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se
encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.
Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a bravata daquele chefe idiota senão com um "é PhD porra nenhuma!", ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!". O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa renúncia pública de um canalha. São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepone", "repone" e, mais recentemente, o "prepone" - presidente de porra nenhuma.
Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta-que-pariu!", ou seu correlato "Puta-que-o-pariu!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba...Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o-pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.
E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cu!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cu!". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no olho do seu cu!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e saia à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!". Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? "Fodeu de vez!". Sem contar que o nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda-se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta. "Não quer sair comigo? Então foda-se!". "Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então
foda-se!". O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal.
Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se.
(Millôr Fernandes)
São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia. "Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "Pra caralho"? "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas pra caralho, o Sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, eu gosto de cerveja pra caralho, entende?
No gênero do "Pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "Nem fodendo!". O "Não, não e não!" e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente não!" o substituem. O "Nem fodendo" é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!". O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se
encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.
Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a bravata daquele chefe idiota senão com um "é PhD porra nenhuma!", ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!". O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa renúncia pública de um canalha. São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepone", "repone" e, mais recentemente, o "prepone" - presidente de porra nenhuma.
Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta-que-pariu!", ou seu correlato "Puta-que-o-pariu!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba...Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o-pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.
E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cu!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cu!". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no olho do seu cu!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e saia à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!". Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? "Fodeu de vez!". Sem contar que o nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda-se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta. "Não quer sair comigo? Então foda-se!". "Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então
foda-se!". O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal.
Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se.
(Millôr Fernandes)
segunda-feira, dezembro 16, 2002
Nós? Complicadas? Nem tanto....
Se a gente se insinua, é uma mulher atirada;
Se a gente fica na nossa, tá dando uma de difícil.
Se a gente aceita transar no início do relacionamento, é uma mulher fácil;
Se a gente não quer ainda, tá fazendo doce.
Se a gente põe limitações no namoro, é autoritária;
Se concorda com o que o namorado diz, é uma lesa.
Se a mulher batalha por estudos e profissões, é uma ambiciosa;
Se não tá nem aí pra isso, é dondoca.
Se a gente adora falar em política e economia, é feminista;
Se não se liga nesses assuntos, é desinformada.
Se a mulher corre pra matar uma barata, não é feminina;
Se corre de uma barata, é uma medrosa.
Se a gente aceita tudo na cama, é vulgar;
Se não aceita, é fresca.
Se a gente adora roupas e cosméticos, é fútil;
Se não gosta, é desleixada.
Se a gente se chateia com alguma atitude dele, é uma mulher mimada;
Se aceita tudo o que ele faz, é porque tá no papo.
Se a gente quer ter 4 filhos, é uma inconseqüente maluca.
Se só quer ter 1, não tem senso maternal.
Se a gente gosta de embalo, é uma roqueira doida;
Se gosta de música light, é uma romântica sem graça.
Se a gente usa sainha curta, também é vulgar;
Se usa roupa composta, é crente.
Se a gente tá branca, ele diz pra gente pegar uma corzinha;
Se tá bem bronzeada, ele olha pra primeira branquela que passa que, afinal, é mulher.
Se a gente faz cena de ciúme, é uma neurótica;
Se não faz, não sabe defender seu amor.
Se a gente fala mais alto que ele, é uma descontrolada;
Se a gente fala mais baixo, é subserviente.
E depois vem dizer que mulher é que é complicada!!!
F A L A S É R I O!!!
Se a gente se insinua, é uma mulher atirada;
Se a gente fica na nossa, tá dando uma de difícil.
Se a gente aceita transar no início do relacionamento, é uma mulher fácil;
Se a gente não quer ainda, tá fazendo doce.
Se a gente põe limitações no namoro, é autoritária;
Se concorda com o que o namorado diz, é uma lesa.
Se a mulher batalha por estudos e profissões, é uma ambiciosa;
Se não tá nem aí pra isso, é dondoca.
Se a gente adora falar em política e economia, é feminista;
Se não se liga nesses assuntos, é desinformada.
Se a mulher corre pra matar uma barata, não é feminina;
Se corre de uma barata, é uma medrosa.
Se a gente aceita tudo na cama, é vulgar;
Se não aceita, é fresca.
Se a gente adora roupas e cosméticos, é fútil;
Se não gosta, é desleixada.
Se a gente se chateia com alguma atitude dele, é uma mulher mimada;
Se aceita tudo o que ele faz, é porque tá no papo.
Se a gente quer ter 4 filhos, é uma inconseqüente maluca.
Se só quer ter 1, não tem senso maternal.
Se a gente gosta de embalo, é uma roqueira doida;
Se gosta de música light, é uma romântica sem graça.
Se a gente usa sainha curta, também é vulgar;
Se usa roupa composta, é crente.
Se a gente tá branca, ele diz pra gente pegar uma corzinha;
Se tá bem bronzeada, ele olha pra primeira branquela que passa que, afinal, é mulher.
Se a gente faz cena de ciúme, é uma neurótica;
Se não faz, não sabe defender seu amor.
Se a gente fala mais alto que ele, é uma descontrolada;
Se a gente fala mais baixo, é subserviente.
E depois vem dizer que mulher é que é complicada!!!
F A L A S É R I O!!!
segunda-feira, novembro 18, 2002
O que Nostradamus quis dizer com isso??? Será que é o que eu estou pensando?? Qualquer semelhança é mera coincidência?? hahahhahahhaha
".....e próximo do terceiro ano do terceiro milênio uma besta barbuda descerá triunfante sobre um condado do hemisfério sul espalhando a desgraça e a miséria. Será reconhecido por não possuir seus membros superiores totalmente completos. Trará com ele uma horda que dominará e exterminará as aves bicudas de bem e implantará a barbárie por muitas datas sobre um povo tolo e leviano....."
Visão das trevas, grandes catástrofes da humanidade, Pág. 102 Nostradamus, Editora Record
".....e próximo do terceiro ano do terceiro milênio uma besta barbuda descerá triunfante sobre um condado do hemisfério sul espalhando a desgraça e a miséria. Será reconhecido por não possuir seus membros superiores totalmente completos. Trará com ele uma horda que dominará e exterminará as aves bicudas de bem e implantará a barbárie por muitas datas sobre um povo tolo e leviano....."
Visão das trevas, grandes catástrofes da humanidade, Pág. 102 Nostradamus, Editora Record
quarta-feira, novembro 06, 2002
SE PERO VAZ DE CAMINHA VIESSE AO BRASIL HOJE...
Olá, meu amado rei. Aqui quem fala é Pero Vaz.
Está me ouvindo bem? Peguei emprestado o celular de um nativo aqui da nova terra.
Tudo bem, o capitão Pedro está mandando um abraço.
Chegamos na terça-feira, 21 de abril, mas deixei para ligar no domingo porque a ligação é mais barata. É, aqui tem dessas coisas...
Os nativos ficaram espantados com a nossa chegada por mar. Não acharam que éramos deuses, majestade; acharam que éramos loucos de pisar em um mar tão sujo...
A ligação está boa? Pois é, esta terra é engraçada. Tem telefonia celular digital, automóveis importados, acesso gratuito à Internet, mas ainda tem gente que morre de malária, e está cheia de criança barriguda de tanto verme. É meio complicado explicar...
Se já encontramos o chefe? Olha, rei, está meio complicado. Aqui tem muito cacique para pouco índio.
Logo que chegamos em Porto Seguro tinha um cacique lá que dizia que fazia chover, que mandava prender e soltar quem ele quisesse. É, um cacique bravo mesmo...
Mais para o Sul encontramos outra tribo, uma aldeia maravilhosa e muito festiva, com lindas nativas quase nuas. Seguindo em direção ao Sul, saímos do litoral e adentramo-nos ao planalto. Lá encontramos uma tribo muito grande: a dos índios Sampa. Conhecemos o seu cacique, que tinha apito, mas que não apitava nada, coitado!
Dizem até que ele apanha da mulher...
O senhor está rindo, majestade? Juro que é verdadeiro o meu relato!
Como vossa majestade pode perceber, é uma terra fácil de se colonizar, pois os nativos não falam a mesma língua. Sim, são pacíficos, sim. É só verem um coco no chão para eles começarem a chutá-lo e esquecerem da vida.
Sabem, sabem ler, mas não todos. A maioria lê muito mal e acredita em tudo que é escrito. Vai ser moleza, fica frio.
Parece que há um "cacicão geral", mas ele quase não é visto. O homem viaja muito.
Dizem que se a intenção for evitar encontrá-lo, é só ficar sentado no trono dele. Engraçado mesmo é que a "indiaiada" trabalha a troco de banana! Todo mês eles recebem, no mínimo, 200 bananas.
Não é piada, majestade! É sério! Só vindo aqui prá ver!
Olha, preciso desligar. O rapaz que me emprestou o telefone celular precisa fazer uma ligação. Ele é comerciante. Disse que precisa avisar ao povo que chegou um novo carregamento de farinha.
Engraçado... Eles ficam tão contentes por trabalhar... A cada mercadoria que chega eles sobem o morro e soltam rojões.
É uma terra muito rica, majestade. Acho que desta vez acertamos em cheio!
Isso aqui ainda vai ser o país do futuro...
Olá, meu amado rei. Aqui quem fala é Pero Vaz.
Está me ouvindo bem? Peguei emprestado o celular de um nativo aqui da nova terra.
Tudo bem, o capitão Pedro está mandando um abraço.
Chegamos na terça-feira, 21 de abril, mas deixei para ligar no domingo porque a ligação é mais barata. É, aqui tem dessas coisas...
Os nativos ficaram espantados com a nossa chegada por mar. Não acharam que éramos deuses, majestade; acharam que éramos loucos de pisar em um mar tão sujo...
A ligação está boa? Pois é, esta terra é engraçada. Tem telefonia celular digital, automóveis importados, acesso gratuito à Internet, mas ainda tem gente que morre de malária, e está cheia de criança barriguda de tanto verme. É meio complicado explicar...
Se já encontramos o chefe? Olha, rei, está meio complicado. Aqui tem muito cacique para pouco índio.
Logo que chegamos em Porto Seguro tinha um cacique lá que dizia que fazia chover, que mandava prender e soltar quem ele quisesse. É, um cacique bravo mesmo...
Mais para o Sul encontramos outra tribo, uma aldeia maravilhosa e muito festiva, com lindas nativas quase nuas. Seguindo em direção ao Sul, saímos do litoral e adentramo-nos ao planalto. Lá encontramos uma tribo muito grande: a dos índios Sampa. Conhecemos o seu cacique, que tinha apito, mas que não apitava nada, coitado!
Dizem até que ele apanha da mulher...
O senhor está rindo, majestade? Juro que é verdadeiro o meu relato!
Como vossa majestade pode perceber, é uma terra fácil de se colonizar, pois os nativos não falam a mesma língua. Sim, são pacíficos, sim. É só verem um coco no chão para eles começarem a chutá-lo e esquecerem da vida.
Sabem, sabem ler, mas não todos. A maioria lê muito mal e acredita em tudo que é escrito. Vai ser moleza, fica frio.
Parece que há um "cacicão geral", mas ele quase não é visto. O homem viaja muito.
Dizem que se a intenção for evitar encontrá-lo, é só ficar sentado no trono dele. Engraçado mesmo é que a "indiaiada" trabalha a troco de banana! Todo mês eles recebem, no mínimo, 200 bananas.
Não é piada, majestade! É sério! Só vindo aqui prá ver!
Olha, preciso desligar. O rapaz que me emprestou o telefone celular precisa fazer uma ligação. Ele é comerciante. Disse que precisa avisar ao povo que chegou um novo carregamento de farinha.
Engraçado... Eles ficam tão contentes por trabalhar... A cada mercadoria que chega eles sobem o morro e soltam rojões.
É uma terra muito rica, majestade. Acho que desta vez acertamos em cheio!
Isso aqui ainda vai ser o país do futuro...
terça-feira, novembro 05, 2002
Dicionário da zeladoria
Todos sabemos da dificuldade em entender empregadas, zeladores, faxineiros... e o próximo presidente. Então aí vai um dicionário com algumas palavras. Quem souber de mais alguma, por favor complete a lista abaixo:
lidileite (litro de leite)
mastumate (massa de tomate)
dendapia (dentro da pia)
badapia (debaixo da pia)
unkidicarne (1 quilo de carne)
tradaporta (atras da porta)
badacama (debaixo da cama)
pingumel (pinga com mel)
iscodidente (escova de dente)
nossinhora (nossa senhora)
pondiôns (ponto de ônibus)
denduforno (dentro do forno)
doidimai (doido demais)
tirdiguerra (tiro de guerra)
dentifrisso (dentifrício)
ãnsdionti (antes de ontem)
secetembro (Sete de Setembro)
sapassado (sábado passado)
debsua (Derby Suave - cigarro)
óiuchêro (olha o cheiro!)
óikichero (olha que cheiro!)
pradaliberda (praça da Liberdade)
vidiperfum (vidro de perfume)
óiprocevê (olha pra você ver!)
tirisdaí (tira isso dai)
rugoiáis (rua Goiás)
onquié (onde que é?)
quainahora (quase na hora)
ostrudia (outro dia)
prõnóstãuínu (para onde nós estamos indo?)
ládoncovim (lá de onde que eu vim)
proncovô? (para onde que eu vou?)
Oncotô? (onde que eu estou?)
Simbortão? (vamos embora então?)
Pópô o pó? (pode pôr o pó? - de café)
Pópicauáio? (pode picar o alho?)
onquetá? (onde está?)
dôdestongo (dor de estômago)
issokipómoiá (isto aqui pode molhar?)
mardusfigo (mal do fígado)
pôpurbaxo (pôr por baixo)
usvidifora (os vidros de fora)
usvididetro (os vidros de dentro)
usmininxegaro (os meninos chegaram)
asmininxegaro (as meninas chegaram)
pópegakasmão? (pode pegar com as mãos?)
uventátáondi (o avental está aonde?)
ugáscabô (o gás acabou)
From: kafésquizophrenic
Todos sabemos da dificuldade em entender empregadas, zeladores, faxineiros... e o próximo presidente. Então aí vai um dicionário com algumas palavras. Quem souber de mais alguma, por favor complete a lista abaixo:
lidileite (litro de leite)
mastumate (massa de tomate)
dendapia (dentro da pia)
badapia (debaixo da pia)
unkidicarne (1 quilo de carne)
tradaporta (atras da porta)
badacama (debaixo da cama)
pingumel (pinga com mel)
iscodidente (escova de dente)
nossinhora (nossa senhora)
pondiôns (ponto de ônibus)
denduforno (dentro do forno)
doidimai (doido demais)
tirdiguerra (tiro de guerra)
dentifrisso (dentifrício)
ãnsdionti (antes de ontem)
secetembro (Sete de Setembro)
sapassado (sábado passado)
debsua (Derby Suave - cigarro)
óiuchêro (olha o cheiro!)
óikichero (olha que cheiro!)
pradaliberda (praça da Liberdade)
vidiperfum (vidro de perfume)
óiprocevê (olha pra você ver!)
tirisdaí (tira isso dai)
rugoiáis (rua Goiás)
onquié (onde que é?)
quainahora (quase na hora)
ostrudia (outro dia)
prõnóstãuínu (para onde nós estamos indo?)
ládoncovim (lá de onde que eu vim)
proncovô? (para onde que eu vou?)
Oncotô? (onde que eu estou?)
Simbortão? (vamos embora então?)
Pópô o pó? (pode pôr o pó? - de café)
Pópicauáio? (pode picar o alho?)
onquetá? (onde está?)
dôdestongo (dor de estômago)
issokipómoiá (isto aqui pode molhar?)
mardusfigo (mal do fígado)
pôpurbaxo (pôr por baixo)
usvidifora (os vidros de fora)
usvididetro (os vidros de dentro)
usmininxegaro (os meninos chegaram)
asmininxegaro (as meninas chegaram)
pópegakasmão? (pode pegar com as mãos?)
uventátáondi (o avental está aonde?)
ugáscabô (o gás acabou)
From: kafésquizophrenic
quarta-feira, outubro 23, 2002
É um pouco extenso o texto mas vale a pena lê-lo inteiro.
Atitude é tudo!!!
Luis é o tipo de cara que você gostaria de conhecer.
Ele estava sempre de bom humor e sempre tinha algo de positivo para dizer.
Se alguém lhe perguntasse como ele estava, a resposta seria logo: "Se
melhorar, estraga".
Ele era um gerente especial em um restaurante, pois seus garçons os seguiam de restaurante em restaurante apenas pelas suas atitudes. Ele era um motivador nato.
Se um colaborador estava tendo um dia ruim, Luis estava sempre dizendo como ver o lado positivo da situação.
Fiquei tão curiosa com seu estilo de vida que um dia lhe perguntei: "Você não pode ser uma pessoa positiva todo o tempo.
Como faz isso?"
Ele me respondeu : "A cada manhã ao acordar, digo para mim mesmo: Luís, você tem duas escolhas hoje. Pode ficar de bom humor ou de mau humor. Eu escolho ficar de bom humor. Cada vez que algo ruim acontece, posso escolher bancar a vítima ou aprender
alguma coisa com o ocorrido. Eu escolho aprender algo. Toda vez que alguém reclamar, posso escolher aceitar a reclamação ou mostrar o lado positivo da vida. "Certo, mas não é fácil" - argumentei.
"É fácil sim", disse-me Luís. A vida é feita de escolhas. Quando você examina a fundo, toda situação sempre oferece escolha.
Você escolhe como reagir às situações. Escolhe como as pessoas afetarão o seu humor. É sua a escolha de como viver sua vida.
Eu pensei sobre o que o Luis disse e sempre lembrava dele quando fazia uma escolha.
Anos mais tarde, soube que Luis cometera um erro, deixando a porta de serviço aberta pela manhã.
Foi rendido por assaltantes. Dominado, enquanto tentava abrir o cofre, sua mão tremendo pelo nervosismo, desfez a combinação do segredo. Os ladrões entraram em pânico e atiraram nele. Por sorte foi encontrado a tempo de ser socorrido e levado para um hospital.
Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de tratamento intensivo, teve alta ainda com fragmentos de balas alojadas em seu corpo.
Encontrei Luís mais ou menos por acaso. Quando lhe perguntei como estava, para variar me respondeu:
"Se melhorar, estraga".
Contou-me o que havia acontecido perguntando: Quer ver minhas cicatrizes?"
Recusei ver seus ferimentos, mas perguntei-lhe o que havia passado em sua mente na ocasião do assalto.
"A primeira coisa que pensei foi que deveria ter trancado a porta de trás, respondeu."
Então, deitado no chão, ensangüentado, lembrei que tinha duas escolhas: poderia viver ou morrer. Escolhi viver.
Você não estava com medo? - perguntei.
Os paramédicos foram ótimos. Eles me diziam que tudo ia dar certo e que ia ficar bom ...
Mas quando entrei na sala de emergência e vi a expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado.
Em seus lábios eu lia: "Esse aí já era". Decidi então que tinha que fazer algo.
"O que fez?" Perguntei.
"Bem. Havia uma enfermeira que fazia muitas perguntas. Perguntou-me se eu era alérgico a alguma coisa. Eu respondi: sim.
Todos pararam para ouvir a minha resposta. Tomei fôlego e gritei: "Sou alérgico a balas!"
Entre risadas lhes disse: "Eu estou escolhendo viver, operem-me como um ser vivo, não como morto."
Luís sobreviveu graças à persistência dos médicos, mas também graças a sua atitude.
Aprendi que todo dia temos a opção de viver plenamente. Afinal de contas, "ATITUDE É TUDO".
Agora você tem duas opções:
1. Ler esta mensagem e guardá-la em alguma pasta ou,
2. Transmiti-la aos seus amigos para que possam tirar conclusões e repassá-la a outras pessoas.
Eu particularmente escolhi te abençoar com esta mensagem no dia de hoje!
Faça sua escolha e SEJA FELIZ!!!
Atitude é tudo!!!
Luis é o tipo de cara que você gostaria de conhecer.
Ele estava sempre de bom humor e sempre tinha algo de positivo para dizer.
Se alguém lhe perguntasse como ele estava, a resposta seria logo: "Se
melhorar, estraga".
Ele era um gerente especial em um restaurante, pois seus garçons os seguiam de restaurante em restaurante apenas pelas suas atitudes. Ele era um motivador nato.
Se um colaborador estava tendo um dia ruim, Luis estava sempre dizendo como ver o lado positivo da situação.
Fiquei tão curiosa com seu estilo de vida que um dia lhe perguntei: "Você não pode ser uma pessoa positiva todo o tempo.
Como faz isso?"
Ele me respondeu : "A cada manhã ao acordar, digo para mim mesmo: Luís, você tem duas escolhas hoje. Pode ficar de bom humor ou de mau humor. Eu escolho ficar de bom humor. Cada vez que algo ruim acontece, posso escolher bancar a vítima ou aprender
alguma coisa com o ocorrido. Eu escolho aprender algo. Toda vez que alguém reclamar, posso escolher aceitar a reclamação ou mostrar o lado positivo da vida. "Certo, mas não é fácil" - argumentei.
"É fácil sim", disse-me Luís. A vida é feita de escolhas. Quando você examina a fundo, toda situação sempre oferece escolha.
Você escolhe como reagir às situações. Escolhe como as pessoas afetarão o seu humor. É sua a escolha de como viver sua vida.
Eu pensei sobre o que o Luis disse e sempre lembrava dele quando fazia uma escolha.
Anos mais tarde, soube que Luis cometera um erro, deixando a porta de serviço aberta pela manhã.
Foi rendido por assaltantes. Dominado, enquanto tentava abrir o cofre, sua mão tremendo pelo nervosismo, desfez a combinação do segredo. Os ladrões entraram em pânico e atiraram nele. Por sorte foi encontrado a tempo de ser socorrido e levado para um hospital.
Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de tratamento intensivo, teve alta ainda com fragmentos de balas alojadas em seu corpo.
Encontrei Luís mais ou menos por acaso. Quando lhe perguntei como estava, para variar me respondeu:
"Se melhorar, estraga".
Contou-me o que havia acontecido perguntando: Quer ver minhas cicatrizes?"
Recusei ver seus ferimentos, mas perguntei-lhe o que havia passado em sua mente na ocasião do assalto.
"A primeira coisa que pensei foi que deveria ter trancado a porta de trás, respondeu."
Então, deitado no chão, ensangüentado, lembrei que tinha duas escolhas: poderia viver ou morrer. Escolhi viver.
Você não estava com medo? - perguntei.
Os paramédicos foram ótimos. Eles me diziam que tudo ia dar certo e que ia ficar bom ...
Mas quando entrei na sala de emergência e vi a expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado.
Em seus lábios eu lia: "Esse aí já era". Decidi então que tinha que fazer algo.
"O que fez?" Perguntei.
"Bem. Havia uma enfermeira que fazia muitas perguntas. Perguntou-me se eu era alérgico a alguma coisa. Eu respondi: sim.
Todos pararam para ouvir a minha resposta. Tomei fôlego e gritei: "Sou alérgico a balas!"
Entre risadas lhes disse: "Eu estou escolhendo viver, operem-me como um ser vivo, não como morto."
Luís sobreviveu graças à persistência dos médicos, mas também graças a sua atitude.
Aprendi que todo dia temos a opção de viver plenamente. Afinal de contas, "ATITUDE É TUDO".
Agora você tem duas opções:
1. Ler esta mensagem e guardá-la em alguma pasta ou,
2. Transmiti-la aos seus amigos para que possam tirar conclusões e repassá-la a outras pessoas.
Eu particularmente escolhi te abençoar com esta mensagem no dia de hoje!
Faça sua escolha e SEJA FELIZ!!!
terça-feira, outubro 22, 2002
ATRASO
Em Londres um pub está fazendo sucesso porque instalou para seus clientes uma cabine telefônica com uma sonorização peculiar: enquanto a pessoa fala ao telefone, pode acessar o som de um congestionamento, com muito buzinaço.
Ou pode acessar o som de um ambiente de escritório. Toda essa parafernália é para que quem esteja do outro lado da linha não identifique o som do bar.
Assim, o "bebum" pode dar uma desculpa esfarrapada e chegar em casa sem levar broncas, afinal, trabalhou até tarde, o coitado, e ainda por cima ficou preso num engarrafamento. Essa cabine telefônica com efeitos especiais só vem demonstrar que os bares andam muito moderninhos, mas os casamentos continuam parados no tempo, mesmo na vanguardista Inglaterra.
"Só vou se você for" segue na moda. Enquanto isso a hipocrisia deita e rola.
Muitas pessoas ainda têm uma idéia convencional do casamento: encaminham-se para o altar como quem se encaminha para o supermercado em busca de um produto pronto, industrializado, com um rótulo que fornece instruções sobre sua utilidade, e parece que a primeira instrução é: nenhum dos dois têm o direito de se divertir sozinho ou com os amigos, a menos que o cônjuge esteja junto.
Não é de estranhar que os prazos de validade do amor andem cada vez mais curtos. Não há paixão que resista ao grude. Não há paciência que resista à patrulha. Não há grande amor que prescinda de outras amizades. Sair sozinho para beber com os amigos deveria ser um dos dez mandamentos para uma união estável, valendo para ambos os sexos.
Quem não gosta de bar pode substituir por futebol, cinema, shows, sinuca, saraus ou o que os suplementos culturais sugerirem. E não perca tempo lamentando por aquele que vai ficar em casa. Provavelmente ele vai se divertir: ouvir música, ver televisão, ler livros, abrir um vinho, tomar um banho de duas horas, navegar na internet, dormir cedinho, tudo isso também é um programaço.
Quem não sabe ficar sozinho não pode casar, sob pena de transformar o matrimônio num presídio para dois. Tem muita coisa em Londres que eu gostaria de ter aqui: parques mais bem cuidados, mais livrarias, mais respeito à individualidade, melhor transporte público, prédios mais charmosos. Só dispensaria o clima e esse pub pra lá de vitoriano, onde pessoas adultas são incentivadas a inventar um álibi para justificar um atraso.
Atraso é ter que mentir para que o outro não perceba que você está feliz.
Autor Anônimo
Em Londres um pub está fazendo sucesso porque instalou para seus clientes uma cabine telefônica com uma sonorização peculiar: enquanto a pessoa fala ao telefone, pode acessar o som de um congestionamento, com muito buzinaço.
Ou pode acessar o som de um ambiente de escritório. Toda essa parafernália é para que quem esteja do outro lado da linha não identifique o som do bar.
Assim, o "bebum" pode dar uma desculpa esfarrapada e chegar em casa sem levar broncas, afinal, trabalhou até tarde, o coitado, e ainda por cima ficou preso num engarrafamento. Essa cabine telefônica com efeitos especiais só vem demonstrar que os bares andam muito moderninhos, mas os casamentos continuam parados no tempo, mesmo na vanguardista Inglaterra.
"Só vou se você for" segue na moda. Enquanto isso a hipocrisia deita e rola.
Muitas pessoas ainda têm uma idéia convencional do casamento: encaminham-se para o altar como quem se encaminha para o supermercado em busca de um produto pronto, industrializado, com um rótulo que fornece instruções sobre sua utilidade, e parece que a primeira instrução é: nenhum dos dois têm o direito de se divertir sozinho ou com os amigos, a menos que o cônjuge esteja junto.
Não é de estranhar que os prazos de validade do amor andem cada vez mais curtos. Não há paixão que resista ao grude. Não há paciência que resista à patrulha. Não há grande amor que prescinda de outras amizades. Sair sozinho para beber com os amigos deveria ser um dos dez mandamentos para uma união estável, valendo para ambos os sexos.
Quem não gosta de bar pode substituir por futebol, cinema, shows, sinuca, saraus ou o que os suplementos culturais sugerirem. E não perca tempo lamentando por aquele que vai ficar em casa. Provavelmente ele vai se divertir: ouvir música, ver televisão, ler livros, abrir um vinho, tomar um banho de duas horas, navegar na internet, dormir cedinho, tudo isso também é um programaço.
Quem não sabe ficar sozinho não pode casar, sob pena de transformar o matrimônio num presídio para dois. Tem muita coisa em Londres que eu gostaria de ter aqui: parques mais bem cuidados, mais livrarias, mais respeito à individualidade, melhor transporte público, prédios mais charmosos. Só dispensaria o clima e esse pub pra lá de vitoriano, onde pessoas adultas são incentivadas a inventar um álibi para justificar um atraso.
Atraso é ter que mentir para que o outro não perceba que você está feliz.
Autor Anônimo
quinta-feira, outubro 10, 2002
DECLARAÇÃO DE AMOR PARA AS MULHERES
(Única espécime 99% perfeita e vejam porque não é 100%)
Texto de Sérgio Gonçalves - redator da Loducca, publicado no
jornal da agência.
Se uma memória restou das festinhas e reuniões familiares da
minha infância foi a divisão sexual entre as pessoas:
mulheres de um lado, homens do outro.
Não sei se hoje isso ainda ocorre. Sou anti-social a ponto de
não freqüentar qualquer evento com mais de 4 pessoas, o que
não me credencia a emitir juízo.
Mas era assim que a coisa rolava naqueles tempos.
Tive uma infância feliz: sempre fui considerado esquisito,
estranho e solitário, o que me permitia ficar quieto
observando tudo.
Bom, rapidinho verifiquei que o apartheid sexual ia muito
além das diferenças anatômicas. A fronteira era determinada
pelos pontos de vista, atitude e prioridades.
Explico: do lado masculino imperava o embate das comparações
e disputas.
Meu carro é mais potente, minha TV é mais moderna, meu
salário é maior, a vista do meu apartamento é melhor, o meu
time é mais forte, eu dou 3 por noite e outras cascatas
típicas da macheza latina. Já do lado oposto, respirava-se
outro ar. As opiniões eram quase sempre ligadas ao sentir.
Falava-se de sentimentos, frustrações e recalques com uma
falta de cerimônia que me deliciava.
Os maridos preferiam classificar aquele ti-ti-ti como fofoca.
Discordo.
Destas reminiscências infantis veio a minha total e
irrestrita paixão pelas mulheres. Constatem, é fácil.
Enquanto o homem vem ao mundo completamente cru, freqüentando
e levando bomba no bê-á-bá da vida, as mulheres já chegam
na metade do segundo grau. Qualquer menina de 2 ou 3 anos já
tem preocupações de ordem prática.
Ela brinca de casinha e aprende a dar um pouco de ordem nas
coisas. Ela pede uma bonequinha que chama de filha e da qual
cuida, instintivamente, como
qualquer mãe veterana. Ela fala em namoro mesmo sem ter uma
idéia muito clara do que vem a ser isso. Em outras palavras,
ela já chega sabendo. E o que não sabe, intui.
Já com os homens a historia é outra. Você já viu um menino
dessa idade brincando de executivo? Já ouviu falar de algum
moleque fingindo ir ao banco pagar as contas? Já presenciou
um bando de meninos fingindo estar preocupados com a entrega
da declaração do Imposto de Renda? Não, nunca viram e nem
verão.
Porque o homem nasce, vive e morre uma existência juvenil. O
que varia ao longo da vida é o preço dos brinquedos.
E aí reside a maior diferença: o que para as meninas é treino
para a vida,para os meninos é fantasia, é competição. É fuga.
Falo sem o menor pudor. Sou direto. Sou assim. Todo homem é
assim. Em relação ao relacionamento homem/mulher, sempre me
considerei um privilegiado.
Sempre consegui enxergar a beleza física feminina mesmo onde,
segundo os critérios estéticos vigentes, ela inexistia.
Porque toda mulher é linda. Se não no todo, pelo menos em
algum detalhe. É só saber olhar. Todas têm sua graça.
E embora contaminado pela irreversível herança genética que
me faz idolatrar os ícones de cafajestismo, sempre me
apaixonei perdidamente por todas as incautas que se
aproximaram de mim. Incautas não por serem ingênuas, mas
por acreditarem.
PORQUE TODA MULHER ACREDITA FIRMEMENTE NA POSSIBILIDADE DO
HOMEM IDEAL.
E esse é o seu único defeito.
(Única espécime 99% perfeita e vejam porque não é 100%)
Texto de Sérgio Gonçalves - redator da Loducca, publicado no
jornal da agência.
Se uma memória restou das festinhas e reuniões familiares da
minha infância foi a divisão sexual entre as pessoas:
mulheres de um lado, homens do outro.
Não sei se hoje isso ainda ocorre. Sou anti-social a ponto de
não freqüentar qualquer evento com mais de 4 pessoas, o que
não me credencia a emitir juízo.
Mas era assim que a coisa rolava naqueles tempos.
Tive uma infância feliz: sempre fui considerado esquisito,
estranho e solitário, o que me permitia ficar quieto
observando tudo.
Bom, rapidinho verifiquei que o apartheid sexual ia muito
além das diferenças anatômicas. A fronteira era determinada
pelos pontos de vista, atitude e prioridades.
Explico: do lado masculino imperava o embate das comparações
e disputas.
Meu carro é mais potente, minha TV é mais moderna, meu
salário é maior, a vista do meu apartamento é melhor, o meu
time é mais forte, eu dou 3 por noite e outras cascatas
típicas da macheza latina. Já do lado oposto, respirava-se
outro ar. As opiniões eram quase sempre ligadas ao sentir.
Falava-se de sentimentos, frustrações e recalques com uma
falta de cerimônia que me deliciava.
Os maridos preferiam classificar aquele ti-ti-ti como fofoca.
Discordo.
Destas reminiscências infantis veio a minha total e
irrestrita paixão pelas mulheres. Constatem, é fácil.
Enquanto o homem vem ao mundo completamente cru, freqüentando
e levando bomba no bê-á-bá da vida, as mulheres já chegam
na metade do segundo grau. Qualquer menina de 2 ou 3 anos já
tem preocupações de ordem prática.
Ela brinca de casinha e aprende a dar um pouco de ordem nas
coisas. Ela pede uma bonequinha que chama de filha e da qual
cuida, instintivamente, como
qualquer mãe veterana. Ela fala em namoro mesmo sem ter uma
idéia muito clara do que vem a ser isso. Em outras palavras,
ela já chega sabendo. E o que não sabe, intui.
Já com os homens a historia é outra. Você já viu um menino
dessa idade brincando de executivo? Já ouviu falar de algum
moleque fingindo ir ao banco pagar as contas? Já presenciou
um bando de meninos fingindo estar preocupados com a entrega
da declaração do Imposto de Renda? Não, nunca viram e nem
verão.
Porque o homem nasce, vive e morre uma existência juvenil. O
que varia ao longo da vida é o preço dos brinquedos.
E aí reside a maior diferença: o que para as meninas é treino
para a vida,para os meninos é fantasia, é competição. É fuga.
Falo sem o menor pudor. Sou direto. Sou assim. Todo homem é
assim. Em relação ao relacionamento homem/mulher, sempre me
considerei um privilegiado.
Sempre consegui enxergar a beleza física feminina mesmo onde,
segundo os critérios estéticos vigentes, ela inexistia.
Porque toda mulher é linda. Se não no todo, pelo menos em
algum detalhe. É só saber olhar. Todas têm sua graça.
E embora contaminado pela irreversível herança genética que
me faz idolatrar os ícones de cafajestismo, sempre me
apaixonei perdidamente por todas as incautas que se
aproximaram de mim. Incautas não por serem ingênuas, mas
por acreditarem.
PORQUE TODA MULHER ACREDITA FIRMEMENTE NA POSSIBILIDADE DO
HOMEM IDEAL.
E esse é o seu único defeito.
quarta-feira, outubro 09, 2002
Corretior di testio do çeu Creysson
Peguem um texto com 'muitos erros', tipo Machado de Assis, copie, clique no link abaixo, cole no correto e pronto: assim é que se fala!
http://www.rjcorrea.com.br/scripts/javascript/seu_creysson.htm
http://www.rjcorrea.com.br/scripts/javascript/seu_creysson.htm
sábado, outubro 05, 2002
Todos aos lados de uma mesma história devem ser vistos... []´s
Opinião Antônio Ermírio de Moraes sobre Lula
Folha - O que o Sr. achou da decisão do empresário Eugênio Staub de declarar seu voto ao Lula?
Antônio Ermírio de Moraes - Eu não tenho nada contra ele votar no Lula. Só não concordo com o fato de Eugênio Staub chamar o Lula de estadista. Isso é até uma injustiça com os estadistas que nós tivemos neste país. Ele pode votar em quem quiser, mas o Lula está longe de ser um estadista. Tem muitos empresários agora que, ao verem que o Lula está praticamente eleito no primeiro turno, estão mudando o voto. Eu vou votar no Serra mesmo que chegue no último lugar. Ele pode chegar até atrás do Ciro, mas eu vou votar nele. Isso é uma questão de princípio. Eu não sou vira-casaca nem oportunista.
Folha - Staub chamou o Lula de estadista por considerá-lo o único nome capaz de aglutinar governo, empresários e trabalhadores em torno de um projeto para o país.
Ermírio de Moraes - Só o tempo dirá. O Fernando Henrique é um estadista e não conseguiu. Não conseguiu nem fazer a reforma da previdência. E por quê? Porque o Congresso não deixa. A reforma da Previdência precisa ser aprovada no Congresso. Você acha que o Lula terá a maioria no Congresso?
Folha - Como o sr. imagina o governo Lula, caso ele vença?
Ermírio de Moraes - Eu não imagino nada. Só peço a Deus que, se ele for eleito, que o ilumine para governar o Brasil. O Brasil precisa de US$ 25 bilhões a US$ 30 bilhões por ano de dinheiro externo. Será que esse dinheiro virá? Se você precisa de US$ 25 bilhões a US$ 30 bilhões por ano e esse dinheiro não vem, o que vai acontecer? O dólar vai explodir, a inflação vai explodir, e aí você terá um problema sério pela frente.
Folha - Uma crítica que o Eugênio Staub faz é que o PSDB não ouve os empresários. O sr. concorda?
Ermírio de Moraes - Será que o Eugênio Staub não percebeu que os empresários não são ouvidos em lugar nenhum?
Folha - Staub diz também que o PT ouve mais os empresários.
Ermírio de Moraes - Espera o Lula ser eleito. Esse papo antes da eleição é uma coisa. Quero ver depois das eleições. Eu trabalho há 53 anos e nunca fui ouvido nesse país. Tudo que fiz foi por vontade própria, por acreditar no Brasil, muito mais do que eles, políticos.
Folha - O sr. acredita numa reação da candidatura Serra?
Ermírio de Moraes - É muito difícil. Quanto tempo nós já temos da campanha? Todo mundo dizia que, quando entrasse a campanha na TV, a candidatura do Serra iria crescer. E não cresceu. Uma coisa precisa ser dita. O marqueteiro do Lula é excelente. Deus queira que o Lula possa fazer aquilo que ele prometeu na campanha. O Brasil já está muito sofrido. Espero que o governo dele seja iluminado por Deus. O que vai acontecer é que, num governo Lula, o Primeiro Mundo vai olhar para o Brasil com desconfiança. São anos, anos e anos a favor dos sem-terra e contra o capital estrangeiro.
Folha - O sr. pretende ter algum encontro com Fernando Henrique para discutir a sucessão?
Ermírio de Moraes - Não, o destino dele está traçado. Depois, se ele quiser vir tomar um cafezinho no meu escritório, será um prazer. O escritório dele ficará ao lado do meu. O Fernando Henrique foi um presidente que botou o Brasil lá em cima. Ele é considerado por todos. Só com o Bush que ele não conseguiu um relacionamento assim tão aberto.
Folha -O sr. não acredita numa coligação do PT com o PSDB? Isso, num eventual governo do PT, não poderia injetar otimismo na economia?
Ermírio de Moraes - É muito difícil essa coligação. O grande problema são os radicais dentro do próprio PT.
Folha - O sr. não acha que o PT pode ter mudado? O ser não acredita no "Lulinha paz e amor"?
Ermírio de Moraes - Ah, que é isso? Meu pai dizia que um homem, após os 20 anos, não muda de caráter. Eu acredito piamente no conselho do meu pai. Tudo bem. Só espero que, se for eleito, ele faça um bom governo.
Folha - O sr. guarda algum ressentimento do governo Fernando Henrique? O sr. perdeu a Vale do Rio Doce na privatização?
Ermírio de Moraes - Não fiquei ressentido por causa disso. São regras do jogo. O outro grupo ofereceu melhores condições. Um candidato ao governo do Estado de São Paulo [ele se refere ao candidato Paulo Maluf, que não trata pelo nome" disse recentemente, querendo atingir o governador Geraldo Alckmin, que nós recebemos a CPFL de graça. Isso é uma tremenda idiotice desse suposto candidato ao governo do Estado de São Paulo. Nós concorremos com quatro grupos estrangeiros e ganhamos a CPFL com 70% de ágio. Agora, vou processar essa declaração dele? Não, não interessa. Não vou perder tempo com isso, até porque nossa Justiça também anda de bicicleta quebrada e com o pneu furado.
Folha - O Lula não pode ser sério e competente?
Ermírio de Moraes - O problema é que ele nunca trabalhou na vida. O que ele fez até hoje? Quem o sustentou nos últimos 20 anos? Eu trabalho há 53 anos e nunca vi o Lula trabalhar.
Folha - O sr. teme que, caso Lula vença as eleições, que 800 mil empresários deixem o país, como afirmou o empresário Mário Amato, em 1989?
Ermírio de Moraes - Não, hoje há um grau maior de entendimento no país. Aquilo foi um desespero do meu amigo Mário Amato. Acho que hoje ele não faria uma afirmativa dessa. Só espero que eles [do PT] tenham preparo para dirigir um país complexo como Brasil.
Opinião Antônio Ermírio de Moraes sobre Lula
Folha - O que o Sr. achou da decisão do empresário Eugênio Staub de declarar seu voto ao Lula?
Antônio Ermírio de Moraes - Eu não tenho nada contra ele votar no Lula. Só não concordo com o fato de Eugênio Staub chamar o Lula de estadista. Isso é até uma injustiça com os estadistas que nós tivemos neste país. Ele pode votar em quem quiser, mas o Lula está longe de ser um estadista. Tem muitos empresários agora que, ao verem que o Lula está praticamente eleito no primeiro turno, estão mudando o voto. Eu vou votar no Serra mesmo que chegue no último lugar. Ele pode chegar até atrás do Ciro, mas eu vou votar nele. Isso é uma questão de princípio. Eu não sou vira-casaca nem oportunista.
Folha - Staub chamou o Lula de estadista por considerá-lo o único nome capaz de aglutinar governo, empresários e trabalhadores em torno de um projeto para o país.
Ermírio de Moraes - Só o tempo dirá. O Fernando Henrique é um estadista e não conseguiu. Não conseguiu nem fazer a reforma da previdência. E por quê? Porque o Congresso não deixa. A reforma da Previdência precisa ser aprovada no Congresso. Você acha que o Lula terá a maioria no Congresso?
Folha - Como o sr. imagina o governo Lula, caso ele vença?
Ermírio de Moraes - Eu não imagino nada. Só peço a Deus que, se ele for eleito, que o ilumine para governar o Brasil. O Brasil precisa de US$ 25 bilhões a US$ 30 bilhões por ano de dinheiro externo. Será que esse dinheiro virá? Se você precisa de US$ 25 bilhões a US$ 30 bilhões por ano e esse dinheiro não vem, o que vai acontecer? O dólar vai explodir, a inflação vai explodir, e aí você terá um problema sério pela frente.
Folha - Uma crítica que o Eugênio Staub faz é que o PSDB não ouve os empresários. O sr. concorda?
Ermírio de Moraes - Será que o Eugênio Staub não percebeu que os empresários não são ouvidos em lugar nenhum?
Folha - Staub diz também que o PT ouve mais os empresários.
Ermírio de Moraes - Espera o Lula ser eleito. Esse papo antes da eleição é uma coisa. Quero ver depois das eleições. Eu trabalho há 53 anos e nunca fui ouvido nesse país. Tudo que fiz foi por vontade própria, por acreditar no Brasil, muito mais do que eles, políticos.
Folha - O sr. acredita numa reação da candidatura Serra?
Ermírio de Moraes - É muito difícil. Quanto tempo nós já temos da campanha? Todo mundo dizia que, quando entrasse a campanha na TV, a candidatura do Serra iria crescer. E não cresceu. Uma coisa precisa ser dita. O marqueteiro do Lula é excelente. Deus queira que o Lula possa fazer aquilo que ele prometeu na campanha. O Brasil já está muito sofrido. Espero que o governo dele seja iluminado por Deus. O que vai acontecer é que, num governo Lula, o Primeiro Mundo vai olhar para o Brasil com desconfiança. São anos, anos e anos a favor dos sem-terra e contra o capital estrangeiro.
Folha - O sr. pretende ter algum encontro com Fernando Henrique para discutir a sucessão?
Ermírio de Moraes - Não, o destino dele está traçado. Depois, se ele quiser vir tomar um cafezinho no meu escritório, será um prazer. O escritório dele ficará ao lado do meu. O Fernando Henrique foi um presidente que botou o Brasil lá em cima. Ele é considerado por todos. Só com o Bush que ele não conseguiu um relacionamento assim tão aberto.
Folha -O sr. não acredita numa coligação do PT com o PSDB? Isso, num eventual governo do PT, não poderia injetar otimismo na economia?
Ermírio de Moraes - É muito difícil essa coligação. O grande problema são os radicais dentro do próprio PT.
Folha - O sr. não acha que o PT pode ter mudado? O ser não acredita no "Lulinha paz e amor"?
Ermírio de Moraes - Ah, que é isso? Meu pai dizia que um homem, após os 20 anos, não muda de caráter. Eu acredito piamente no conselho do meu pai. Tudo bem. Só espero que, se for eleito, ele faça um bom governo.
Folha - O sr. guarda algum ressentimento do governo Fernando Henrique? O sr. perdeu a Vale do Rio Doce na privatização?
Ermírio de Moraes - Não fiquei ressentido por causa disso. São regras do jogo. O outro grupo ofereceu melhores condições. Um candidato ao governo do Estado de São Paulo [ele se refere ao candidato Paulo Maluf, que não trata pelo nome" disse recentemente, querendo atingir o governador Geraldo Alckmin, que nós recebemos a CPFL de graça. Isso é uma tremenda idiotice desse suposto candidato ao governo do Estado de São Paulo. Nós concorremos com quatro grupos estrangeiros e ganhamos a CPFL com 70% de ágio. Agora, vou processar essa declaração dele? Não, não interessa. Não vou perder tempo com isso, até porque nossa Justiça também anda de bicicleta quebrada e com o pneu furado.
Folha - O Lula não pode ser sério e competente?
Ermírio de Moraes - O problema é que ele nunca trabalhou na vida. O que ele fez até hoje? Quem o sustentou nos últimos 20 anos? Eu trabalho há 53 anos e nunca vi o Lula trabalhar.
Folha - O sr. teme que, caso Lula vença as eleições, que 800 mil empresários deixem o país, como afirmou o empresário Mário Amato, em 1989?
Ermírio de Moraes - Não, hoje há um grau maior de entendimento no país. Aquilo foi um desespero do meu amigo Mário Amato. Acho que hoje ele não faria uma afirmativa dessa. Só espero que eles [do PT] tenham preparo para dirigir um país complexo como Brasil.
quinta-feira, outubro 03, 2002
Por Guilherme
Abra com o volume ligado... eu ri muito cara....
http://www.primoweb.com.br/pops/site/anima/ios2.htm
Abra com o volume ligado... eu ri muito cara....
http://www.primoweb.com.br/pops/site/anima/ios2.htm
segunda-feira, setembro 30, 2002
Câmara se queixa do 'Casseta & Planeta'
Pressionada por Deputados, a Procuradoria da Câmara vai reclamar junto à Rede Globo pelas alusões feitas no programa "Casseta & Planeta"
exibido terça-feira passada. Os parlamentares reclamaram especialmente do quadro em que foram chamados de "deputados de programa". Nele, uma prostituta fica indignada quando lhe perguntam se é deputada. O quadro em que são vacinados contra a "febre afurtosa" também provocou constrangimento. Na noite de quarta-feira, um grupo de deputados esteve na Procuradoria da Câmara para assistir à fita do programa. Segundo o procurador Ricardo Izar(PMDB-SP), duas parlamentares choraram. Izar se encontrará segunda-feira com representantes da emissora para tentar um acordo antes de recorrer à Justiça. O presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), também se disse indignado.
- O programa passou dos limites. Eles têm talento suficiente para fazer graça sem desqualificar a instituição, que garante a liberdade
para que façam graça - disse Aécio.
O diretor da Central Globo de Comunicação, Luís Erlanger, disse que a rede só se pronuncia sobre ações judiciais depois de serem efetivadas.
Os humoristas do Casseta & Planeta não quiseram falar sobre o assunto dizendo não querem "dar importância à concorrência".
NOTA DE ESCLARECIMENTO
"Foi com surpresa que nós, integrantes do Grupo CASSETA & PLANETA, tomamos conhecimento, através da imprensa, da intenção do presidente da Câmara dos Deputados de nos processar por causa de uma piada veiculada em nosso programa de televisão. Em vista disso, gostaríamos de esclarecer alguns pontos:
1. Em nenhum momento tivemos a intenção de ofender deputados ou prostitutas. O objetivo da piada era somente de comparar duas categorias profissionais que aceitam dinheiro para mudar de posição.
2. Não vemos nenhum problema em ceder um espaço para o direito de resposta dos deputados. Pelo contrário, consideramos o quadro muito adequado e condizente com a linha do programa.
3. Caso se decidam pelo direito de resposta, informamos que nossas gravações ocorrem às segundas-feiras, o que obrigará os deputados a interromper seu descanso."
Pressionada por Deputados, a Procuradoria da Câmara vai reclamar junto à Rede Globo pelas alusões feitas no programa "Casseta & Planeta"
exibido terça-feira passada. Os parlamentares reclamaram especialmente do quadro em que foram chamados de "deputados de programa". Nele, uma prostituta fica indignada quando lhe perguntam se é deputada. O quadro em que são vacinados contra a "febre afurtosa" também provocou constrangimento. Na noite de quarta-feira, um grupo de deputados esteve na Procuradoria da Câmara para assistir à fita do programa. Segundo o procurador Ricardo Izar(PMDB-SP), duas parlamentares choraram. Izar se encontrará segunda-feira com representantes da emissora para tentar um acordo antes de recorrer à Justiça. O presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), também se disse indignado.
- O programa passou dos limites. Eles têm talento suficiente para fazer graça sem desqualificar a instituição, que garante a liberdade
para que façam graça - disse Aécio.
O diretor da Central Globo de Comunicação, Luís Erlanger, disse que a rede só se pronuncia sobre ações judiciais depois de serem efetivadas.
Os humoristas do Casseta & Planeta não quiseram falar sobre o assunto dizendo não querem "dar importância à concorrência".
NOTA DE ESCLARECIMENTO
"Foi com surpresa que nós, integrantes do Grupo CASSETA & PLANETA, tomamos conhecimento, através da imprensa, da intenção do presidente da Câmara dos Deputados de nos processar por causa de uma piada veiculada em nosso programa de televisão. Em vista disso, gostaríamos de esclarecer alguns pontos:
1. Em nenhum momento tivemos a intenção de ofender deputados ou prostitutas. O objetivo da piada era somente de comparar duas categorias profissionais que aceitam dinheiro para mudar de posição.
2. Não vemos nenhum problema em ceder um espaço para o direito de resposta dos deputados. Pelo contrário, consideramos o quadro muito adequado e condizente com a linha do programa.
3. Caso se decidam pelo direito de resposta, informamos que nossas gravações ocorrem às segundas-feiras, o que obrigará os deputados a interromper seu descanso."
quinta-feira, agosto 29, 2002
A Evolução da serenata
por ARNALDO JABOR
DÉCADA DE 10
O rapaz de terno, colete e cravo na lapela, embaixo da janela dela,canta:
"Tao longe, de mim distante, onde ira, onde ira teu pensamento? Quisera
saber agora se esqueceste, se esqueceste o juramento. Sabe se es constante,
se ainda é meu teu pensamento e minh'alma toda de fora, da saudade, agora o
tormento!"
DÉCADA DE 20
Ele, de terno branco e chapeu de palha, embaixo do sobrado em que ela mora,
canta: "Sua linda imagem de mulher que me seduz! Ah, se eu pudesse tu
estarias num altar! És a rainha dos meus sonhos, és a luz, és malandrinha,
nao precisas trabalhar."
DÉCADA DE 30
Ele, de terno cinza e chapeu panama, em frente a vila onde ela mora,canta:
"Tu es, divina e graciosa, estatua majestosa! Do amor por Deus esculturada.
És formada com o ardor da alma da mais linda flor, de mais ativo olor, que
na vida és preferida pelo beija-flor...."
DÉCADA DE 40
Ele ajeita seu relógio Pateck Philip na algibeira, escreve para a Radio
Nacional e manda oferecer a ela uma linda musica: "A deusa da minha rua, tem
os olhos onde a lua, costuma se embriagar. Nos seus olhos eu suponho, que o
sol num dourado sonho, vai claridade buscar"
DÉCADA DE 50
Ele pede ao cantor da boate que ofereça a ela a interpretação de uma bela
bossa: "Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça. É ela a menina que
vem e que passa, no doce balanço a caminho do mar. Moça do corpo dourado, do
sol de ipanema. O teu balancado é mais que um poema. É a coisa mais linda
que eu ja vi passar."
DÉCADA DE 60
Ele aparece na casa dela com um compacto simples embaixo do braço,ajeita a
calça lee e coloca na vitrola uma musica papo firme: "Nem mesmo o céu, nem
as estrelas, nem mesmo o mar e o infinito nao é maior que o meu amor, nem
mais bonito.Me desespero a procurar alguma forma de lhe falar, como é grande
o meu amor por voce..."
DÉCADA DE 70
Ele chega em seu fusca, com tala larga, sacode o cabelao, abre a porta pra
mina entrar e bota uma melo jóia no toca-fitas: "Foi assim, como ver o mar,
a primeira vez que os meus olhos se viram no teu olhar....Quando eu
mergulhei no azul do mar, sabia que era amor e vinha pra ficar.... "
DÉCADA DE 80
Ele telefona pra ela e deixa rolar um: "Fonte de mel, nuns olhos de gueixa,
Kabuki, mascara. Choque entre o azul e o cacho de acacias, luz das acacias,
voce é mãe do sol. Linda...."
DÉCADA DE 90
Ele liga pra ela e deixa gravada uma música na secretaria eletrtnica:
"Bem que se quis, depois de tudo ainda ser feliz. Mas ja nao ha caminhos pra
voltar. E o que é que a vida fez da nossa vida? O que é que a gente nao faz
por amor?"
EM 2001
Ele captura na internet um batidao legal e manda pra ela, por e-mail:
"Tchutchuca! Vem aqui com o teu Tigrao.Vou te jogar na cama e te dar muita
pressao! Eu vou passar cerol na mao, vou sim, vou sim! Vou aparar pela
rabiola! Vou sim, vou sim!"
EM 2002
Ele para o chevetinho 81, rebaixado, e no mais alto volume solta o som:
"Abre as pernas, faz beicinho, vou morder o seu grelinho....Vai Serginho,
vai Serginho..." "Vem minina num si ispanta, vo goza na tua garganta...."
ONDE FOI QUE NÓS ERRAMOS?
por ARNALDO JABOR
DÉCADA DE 10
O rapaz de terno, colete e cravo na lapela, embaixo da janela dela,canta:
"Tao longe, de mim distante, onde ira, onde ira teu pensamento? Quisera
saber agora se esqueceste, se esqueceste o juramento. Sabe se es constante,
se ainda é meu teu pensamento e minh'alma toda de fora, da saudade, agora o
tormento!"
DÉCADA DE 20
Ele, de terno branco e chapeu de palha, embaixo do sobrado em que ela mora,
canta: "Sua linda imagem de mulher que me seduz! Ah, se eu pudesse tu
estarias num altar! És a rainha dos meus sonhos, és a luz, és malandrinha,
nao precisas trabalhar."
DÉCADA DE 30
Ele, de terno cinza e chapeu panama, em frente a vila onde ela mora,canta:
"Tu es, divina e graciosa, estatua majestosa! Do amor por Deus esculturada.
És formada com o ardor da alma da mais linda flor, de mais ativo olor, que
na vida és preferida pelo beija-flor...."
DÉCADA DE 40
Ele ajeita seu relógio Pateck Philip na algibeira, escreve para a Radio
Nacional e manda oferecer a ela uma linda musica: "A deusa da minha rua, tem
os olhos onde a lua, costuma se embriagar. Nos seus olhos eu suponho, que o
sol num dourado sonho, vai claridade buscar"
DÉCADA DE 50
Ele pede ao cantor da boate que ofereça a ela a interpretação de uma bela
bossa: "Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça. É ela a menina que
vem e que passa, no doce balanço a caminho do mar. Moça do corpo dourado, do
sol de ipanema. O teu balancado é mais que um poema. É a coisa mais linda
que eu ja vi passar."
DÉCADA DE 60
Ele aparece na casa dela com um compacto simples embaixo do braço,ajeita a
calça lee e coloca na vitrola uma musica papo firme: "Nem mesmo o céu, nem
as estrelas, nem mesmo o mar e o infinito nao é maior que o meu amor, nem
mais bonito.Me desespero a procurar alguma forma de lhe falar, como é grande
o meu amor por voce..."
DÉCADA DE 70
Ele chega em seu fusca, com tala larga, sacode o cabelao, abre a porta pra
mina entrar e bota uma melo jóia no toca-fitas: "Foi assim, como ver o mar,
a primeira vez que os meus olhos se viram no teu olhar....Quando eu
mergulhei no azul do mar, sabia que era amor e vinha pra ficar.... "
DÉCADA DE 80
Ele telefona pra ela e deixa rolar um: "Fonte de mel, nuns olhos de gueixa,
Kabuki, mascara. Choque entre o azul e o cacho de acacias, luz das acacias,
voce é mãe do sol. Linda...."
DÉCADA DE 90
Ele liga pra ela e deixa gravada uma música na secretaria eletrtnica:
"Bem que se quis, depois de tudo ainda ser feliz. Mas ja nao ha caminhos pra
voltar. E o que é que a vida fez da nossa vida? O que é que a gente nao faz
por amor?"
EM 2001
Ele captura na internet um batidao legal e manda pra ela, por e-mail:
"Tchutchuca! Vem aqui com o teu Tigrao.Vou te jogar na cama e te dar muita
pressao! Eu vou passar cerol na mao, vou sim, vou sim! Vou aparar pela
rabiola! Vou sim, vou sim!"
EM 2002
Ele para o chevetinho 81, rebaixado, e no mais alto volume solta o som:
"Abre as pernas, faz beicinho, vou morder o seu grelinho....Vai Serginho,
vai Serginho..." "Vem minina num si ispanta, vo goza na tua garganta...."
ONDE FOI QUE NÓS ERRAMOS?
quarta-feira, agosto 28, 2002
Vale a pena ver de novo a zona geral do País?
Arnaldo Jabor
Meninos, eu vi... Eu vi as empregadas gritando, a cozinheira chorando, o rádio dando a notícia: "Getulio deu um tiro no peito!"; eu, pequeno, imaginava o peito sangrando - como é que um homem sai da Presidência para o nada?
Meninos, eu ouvi, anos depois, no estribo de um bonde: "O Jânio renunciou!" Como? Tomou um porre e foi embora depois de proibir o biquíni, briga de galo e de dar uma medalha para o Che, eu vi a história andando em marcha à ré e eu entendi ali, com o Jânio saindo, que os bons tempos da utopia de JK tinham acabado, que alguma coisa suja e negra estava a caminho como um trem fantasma andando pra trás; depois, meninos, eu vi o fogo queimar a UNE, onde chegaria o "socialismo tropical", em abril de 64, quando fugi pela janela dos fundos, enquanto o general Mourão Filho tomava a cidade, dizendo: "Não sei nada. Sou apenas uma vaca fardada!" Eu vi, meninos, como num pesadelo, a população festejando a vitória do fascismo, com velas na janela e rosários na mão ; vi a capa do O Cruzeiro com o novo presidente da República de boné verde, baixinho, feio, quem era? Era o Castelo Branco e senti que surgia ali um outro Brasil desconhecido e, aí, eu vi as pedras, os anúncios, os ônibus, os postes, o meio-fio, os pneus dos carros, como um filme de horror; eu, que vivera até então de palavras utópicas, estava sendo humilhado pela invasão do terrível mundo das coisas reais. Depois, vi a tristeza dos dias militares, Brasil ame-o ou deixe-o, a Transamazônica arrombando a floresta, vi o rosto patético de Costa e Silva, a gargalhada da primeira perua Yolanda, mandando o marido fechar o Congresso, vi e ouvi Jorge Curi na TV, numa noite imunda e ventosa de dezembro lendo o AI-5, o fim de todas as liberdades, a morte espreitando nas esquinas, a gente enlouquecendo e fugindo pela rua em câmera lenta, criminosos na própria terra; depois, vi o rosto terrível do Medici, frio como um vampiro, com sua mulher do lado, muito magra, infeliz, vi tudo misturado com a Copa do mundo de 70, Pelé, Tostão, Rivelino e porrada, tortura, sangue dos amigos guerrilheiros heróicos e loucos, eu sentindo por eles respeito e desprezo, pela coragem e pela burrice de querer vencer o Exército com estilingues; não vi, mas muitos viram meu amigo Stuart Angel morrendo com a boca no cano de descarga de um jipe, dentro de um quartel, na frente dos pelotões, enquanto, em São Paulo, Herzog era pendurado numa corda e os publicitários enchiam o rabo de dinheiro com as migalhas do "milagre" brasileiro, enquanto as cachoeiras de Sete Quedas desapareciam de repente; depois eu vi os órgãos genitais do general Figueiredo, sobressaindo em sua sunguinha preta, ele fazendo ginástica, nu, para a nação contemplar, era nauseante ver o presidente pulando a cavalo, truculento,devolvendo o País falido aos paisanos, para nós pagarmos a conta da dívida externa, vi as grandes marchas pelas "diretas" e vi, estarrecido, um micróbio chegando para mudar nossa história, um micróbio andando pela rua, de galochas e chapéu, entrando na barriga do Tancredo na hora da posse e matando o homem, diante de nosso desespero, e eu vi então a democracia restaurada pelo bigodão de Sarney, o homem da ditadura, de jaquetão, posando de oligarca esclarecido; vi o fracasso do Plano Cruzado, depois eu vi a volta de todos os vícios nacionais, o clientelismo, a corrupção, a impossibilidade de governar o País, a inflação chegando a 80 por cento num único mês, meninos, eu vi as maquininhas do supermercado fazendo tlec tlec tlec como matracas fúnebres de nossa tragédia, eu vi tanta coisa, meninos, eu vi a inflação comer salários dos mais pobres a 2% ao dia, eu vi o massacre de miseráveis pela fome, ou melhor, eu não vi os milhões de mortos pela correção monetária, não vi porque eles morriam silenciosamente, longe da burguesia e da mídia, mas vi os bancos ganhando bilhões no over e no spread, dólares no colchão, a sensação de perda diária de valor da vida, eu vi a decepção com a democracia, pois tudo tinha piorado, eu vi de repente o Collor vindo de longe, fazendo um cooper em direção a nosso destino, bonito, jovem, fascinando os otários da nação, que entraram numa onda política "aveadada", dizendo: "Ele é macho, bonito e vai nos salvar...", eu vi o Collor tascar a grana do País todo e depois a nação passar dois anos "de quatro", olhando pelo buraco da fechadura da Casa da Dinda, para saber o que nos esperava, eu vi Rosane Collor chorando porque o presidente tirara a aliança, eu vi a barriga de Joãozino Malta, irmão da primeira dama, dando tiros nas pessoas, eu vi a piscina azul no meio da caatinga, eu vi depois a sinistra careca de PC juntando o bilhão do butim, eu vi Zélia dançando o bolero com Cabral em cima de nossa cara, eu vi a guerra dos irmãos Collor, Fernando contra Pedro e, depois, como numa saga grega, eu vi o câncer corroendo-lhe a cabeça, eu vi o impeachment, eu vi tanta coisa, meninos, e depois eu vi, por acaso, por mero acaso, por uma paixão de Itamar, eu vi o FHC chegar ao poder, com a única tentativa de racionalidade política de nossa história num antro de fisiológicos e ignorantes e, aí, eu vi a maior campanha de oposição de nossa época, implacável, sabotadora, eu vi a inveja repulsiva da Academia contra ele, eu vi a traição de seus aliados, todos unidos contra as reformas, uns agarrados na corrupção e outros na sobrevida de suas doenças ideológicas infantis.
E agora eu vejo o estranho desejo de regresso ao mundo do atraso, do erro e das velhas utopias. Vejo a direita se organizando para cooptar a oposição, comendo-a, vejo um exército de oligarcas se preparando para a vingança, vejo ACM, Barbalhos e Sarneys prontos para tomar o Congresso de assalto, para impedir qualquer mudança e voltar aos bons tempos da zona geral. Meninos, vocês viram também, mas acho que esqueceram !!!!!
Arnaldo Jabor
Meninos, eu vi... Eu vi as empregadas gritando, a cozinheira chorando, o rádio dando a notícia: "Getulio deu um tiro no peito!"; eu, pequeno, imaginava o peito sangrando - como é que um homem sai da Presidência para o nada?
Meninos, eu ouvi, anos depois, no estribo de um bonde: "O Jânio renunciou!" Como? Tomou um porre e foi embora depois de proibir o biquíni, briga de galo e de dar uma medalha para o Che, eu vi a história andando em marcha à ré e eu entendi ali, com o Jânio saindo, que os bons tempos da utopia de JK tinham acabado, que alguma coisa suja e negra estava a caminho como um trem fantasma andando pra trás; depois, meninos, eu vi o fogo queimar a UNE, onde chegaria o "socialismo tropical", em abril de 64, quando fugi pela janela dos fundos, enquanto o general Mourão Filho tomava a cidade, dizendo: "Não sei nada. Sou apenas uma vaca fardada!" Eu vi, meninos, como num pesadelo, a população festejando a vitória do fascismo, com velas na janela e rosários na mão ; vi a capa do O Cruzeiro com o novo presidente da República de boné verde, baixinho, feio, quem era? Era o Castelo Branco e senti que surgia ali um outro Brasil desconhecido e, aí, eu vi as pedras, os anúncios, os ônibus, os postes, o meio-fio, os pneus dos carros, como um filme de horror; eu, que vivera até então de palavras utópicas, estava sendo humilhado pela invasão do terrível mundo das coisas reais. Depois, vi a tristeza dos dias militares, Brasil ame-o ou deixe-o, a Transamazônica arrombando a floresta, vi o rosto patético de Costa e Silva, a gargalhada da primeira perua Yolanda, mandando o marido fechar o Congresso, vi e ouvi Jorge Curi na TV, numa noite imunda e ventosa de dezembro lendo o AI-5, o fim de todas as liberdades, a morte espreitando nas esquinas, a gente enlouquecendo e fugindo pela rua em câmera lenta, criminosos na própria terra; depois, vi o rosto terrível do Medici, frio como um vampiro, com sua mulher do lado, muito magra, infeliz, vi tudo misturado com a Copa do mundo de 70, Pelé, Tostão, Rivelino e porrada, tortura, sangue dos amigos guerrilheiros heróicos e loucos, eu sentindo por eles respeito e desprezo, pela coragem e pela burrice de querer vencer o Exército com estilingues; não vi, mas muitos viram meu amigo Stuart Angel morrendo com a boca no cano de descarga de um jipe, dentro de um quartel, na frente dos pelotões, enquanto, em São Paulo, Herzog era pendurado numa corda e os publicitários enchiam o rabo de dinheiro com as migalhas do "milagre" brasileiro, enquanto as cachoeiras de Sete Quedas desapareciam de repente; depois eu vi os órgãos genitais do general Figueiredo, sobressaindo em sua sunguinha preta, ele fazendo ginástica, nu, para a nação contemplar, era nauseante ver o presidente pulando a cavalo, truculento,devolvendo o País falido aos paisanos, para nós pagarmos a conta da dívida externa, vi as grandes marchas pelas "diretas" e vi, estarrecido, um micróbio chegando para mudar nossa história, um micróbio andando pela rua, de galochas e chapéu, entrando na barriga do Tancredo na hora da posse e matando o homem, diante de nosso desespero, e eu vi então a democracia restaurada pelo bigodão de Sarney, o homem da ditadura, de jaquetão, posando de oligarca esclarecido; vi o fracasso do Plano Cruzado, depois eu vi a volta de todos os vícios nacionais, o clientelismo, a corrupção, a impossibilidade de governar o País, a inflação chegando a 80 por cento num único mês, meninos, eu vi as maquininhas do supermercado fazendo tlec tlec tlec como matracas fúnebres de nossa tragédia, eu vi tanta coisa, meninos, eu vi a inflação comer salários dos mais pobres a 2% ao dia, eu vi o massacre de miseráveis pela fome, ou melhor, eu não vi os milhões de mortos pela correção monetária, não vi porque eles morriam silenciosamente, longe da burguesia e da mídia, mas vi os bancos ganhando bilhões no over e no spread, dólares no colchão, a sensação de perda diária de valor da vida, eu vi a decepção com a democracia, pois tudo tinha piorado, eu vi de repente o Collor vindo de longe, fazendo um cooper em direção a nosso destino, bonito, jovem, fascinando os otários da nação, que entraram numa onda política "aveadada", dizendo: "Ele é macho, bonito e vai nos salvar...", eu vi o Collor tascar a grana do País todo e depois a nação passar dois anos "de quatro", olhando pelo buraco da fechadura da Casa da Dinda, para saber o que nos esperava, eu vi Rosane Collor chorando porque o presidente tirara a aliança, eu vi a barriga de Joãozino Malta, irmão da primeira dama, dando tiros nas pessoas, eu vi a piscina azul no meio da caatinga, eu vi depois a sinistra careca de PC juntando o bilhão do butim, eu vi Zélia dançando o bolero com Cabral em cima de nossa cara, eu vi a guerra dos irmãos Collor, Fernando contra Pedro e, depois, como numa saga grega, eu vi o câncer corroendo-lhe a cabeça, eu vi o impeachment, eu vi tanta coisa, meninos, e depois eu vi, por acaso, por mero acaso, por uma paixão de Itamar, eu vi o FHC chegar ao poder, com a única tentativa de racionalidade política de nossa história num antro de fisiológicos e ignorantes e, aí, eu vi a maior campanha de oposição de nossa época, implacável, sabotadora, eu vi a inveja repulsiva da Academia contra ele, eu vi a traição de seus aliados, todos unidos contra as reformas, uns agarrados na corrupção e outros na sobrevida de suas doenças ideológicas infantis.
E agora eu vejo o estranho desejo de regresso ao mundo do atraso, do erro e das velhas utopias. Vejo a direita se organizando para cooptar a oposição, comendo-a, vejo um exército de oligarcas se preparando para a vingança, vejo ACM, Barbalhos e Sarneys prontos para tomar o Congresso de assalto, para impedir qualquer mudança e voltar aos bons tempos da zona geral. Meninos, vocês viram também, mas acho que esqueceram !!!!!
segunda-feira, agosto 26, 2002
Mude
Mas comece devagar, comece na sua velocidade.
Sente-se diferente, em outra cadeira, no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, ande pelo outro lado da rua, depois mude de caminho, ande por outras ruas, mais devagar, observando os lugares por onde passa.
Tome outros ônibus, se for o caso.
Mude por uns tempos o estilo das roupas, dê os seus sapatos velhos, procure andar descalço por uns dias.
Tire uma tarde livre para passear no parque ou na praia.
Saia sozinho para ouvir o canto dos pássaros.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma no outro lado da cama.
Depois, de ponta-cabeça.
Assista a outros programas de tv, compre outros jornais, leia outros livros, viva outros romances.
Troque de carro.
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Corrija a postura, faça ginástica, durma mais tarde, ou acorde mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Escolha novas comidas, temperos, cores, diferentes delícias.
Experimente a gostosura da pouca quantidade.
Tente o novo todo dia.
O novo lado, o novo método, o novo jeito, o novo sabor, o novo prazer, o novo amor.
A nova vida.
Faça novos amigos, mantenha novas relações, almoce em outros lugares, vá a outros restaurantes, tome outros tipos de bebida, compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde - ou vice-versa.
Escolha outro mercado, outra marca de sabão, novos cremes.
Tome banho em horários variáveis.
Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares. (Comece agora uma viagem para bem longe do aqui.)
Faça amor de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas, compre novos óculos, escreva outras poesias, jogue fora o despertador.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas, novos cabeleireiros, outros teatros.
Visite novos museus.
Mude.
Você conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas, mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia.
Dessa forma, apenas dessa forma - você viverá.
Só o que está morto não muda!
(Edson Marques)
Mas comece devagar, comece na sua velocidade.
Sente-se diferente, em outra cadeira, no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, ande pelo outro lado da rua, depois mude de caminho, ande por outras ruas, mais devagar, observando os lugares por onde passa.
Tome outros ônibus, se for o caso.
Mude por uns tempos o estilo das roupas, dê os seus sapatos velhos, procure andar descalço por uns dias.
Tire uma tarde livre para passear no parque ou na praia.
Saia sozinho para ouvir o canto dos pássaros.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma no outro lado da cama.
Depois, de ponta-cabeça.
Assista a outros programas de tv, compre outros jornais, leia outros livros, viva outros romances.
Troque de carro.
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Corrija a postura, faça ginástica, durma mais tarde, ou acorde mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Escolha novas comidas, temperos, cores, diferentes delícias.
Experimente a gostosura da pouca quantidade.
Tente o novo todo dia.
O novo lado, o novo método, o novo jeito, o novo sabor, o novo prazer, o novo amor.
A nova vida.
Faça novos amigos, mantenha novas relações, almoce em outros lugares, vá a outros restaurantes, tome outros tipos de bebida, compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde - ou vice-versa.
Escolha outro mercado, outra marca de sabão, novos cremes.
Tome banho em horários variáveis.
Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares. (Comece agora uma viagem para bem longe do aqui.)
Faça amor de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas, compre novos óculos, escreva outras poesias, jogue fora o despertador.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas, novos cabeleireiros, outros teatros.
Visite novos museus.
Mude.
Você conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas, mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia.
Dessa forma, apenas dessa forma - você viverá.
Só o que está morto não muda!
(Edson Marques)
quarta-feira, agosto 14, 2002
Um garoto vivia só com seu pai. Ambos tinham uma relação extraordinária e muito especial. O jovem pertencia à equipe de futebol americano da escola.
Normalmente não tinha oportunidade de jogar, na verdade, quase nunca.
Mesmo assim seu pai permanecia sempre nas grades fazendo companhia.
O jovem era o mais baixo da classe quando começou o 2º grau e insistia em participar na equipe de futebol do Colégio, seu pai sempre orientava e explicava claramente que ele não tinha que jogar futebol se não quisesse realmente.
Mas o garoto amava jogar futebol e não faltava em nenhum treino ou jogo.
Estava decidido a dar o melhor de si e se sentia comprometido.
Durante a sua vida no 2º grau chamavam-no de "esquenta banco", porque vivia sentado como reserva...
Seu pai,com espírito lutador, sempre estava nas grades, fazendo companhia, palavras de consolo e o melhor apoio que algum filho podia esperar!!!!
Quando começou a Universidade, tentou entrar na equipe de futebol.
Achavam que não conseguiria, mas venceu a todos, entrando na equipe.
O treinador lhe deu a notícia, admitindo que o tinha aceitado porque ele demonstrava jogar de corpo e alma em cada um dos treinos e ao mesmo tempo passava muito entusiasmo à toda equipe.
A notícia encheu seu coração por completo. Correu ao telefone mais perto e ligou para seu pai, que compartilhou com ele a emoção.
Enviava ao pai todas as entradas para assistir os jogos da universidade.
O jovem atleta era muito persistente, nunca faltou em nenhum treino e jogo durante os 4 anos da Universidade e também nunca teve a chance de participar em nenhum jogo.
Era a final da temporada e justo alguns minutos antes de começar o primeiro jogo das eliminatórias, o treinador lhe entregou um telegrama.
O jovem pegou e logo depois de ler ficou em silêncio... respirou fundo e tremendo disse ao treinador:
- Meu pai morreu esta manhã. Existe algum problema se eu faltar ao jogo hoje?
O treinador o abraçou e disse:
- Fica o resto da semana de folga, filho e nem se preocupe em vir no Sábado.
Chegou o Sábado, e o jogo não estava bom.
Quando a equipe tinha 10 pontos de desvantagem, o jovem entrou no vestiário, colocou o uniforme em silêncio e correu até o treinador e sua equipe, que ficaram impressionados ao ver seu companheiro regressando.
- Treinador, por favor, deixe-me jogar... Eu tenho que jogar hoje!!!
- implorou o jovem.
O treinador não queria escutá-lo. De nenhuma maneira podia deixar que seu pior jogador entrasse no final das eliminatórias. Mas o jovem insistiu tanto, que finalmente o treinador sentindo pena, disse:
- OK filho, pode entrar, o campo é todo teu.
Minutos depois, o treinador, a equipe e o público não podiam acreditar no que estavam vendo. O pequeno desconhecido, que nunca tinha participado em nenhum jogo, estava sendo brilhante. Ninguém podia detê-lo no campo.
Corria facilmente como uma estrela.
Sua equipe começou fazer pontos até empatar o jogo.
Nos últimos segundos do jogo, o rapaz interceptou um passe e correu todo o campo até ganhar com um touch-down.
As pessoas que estavam nas grades gritavam emocionadas e sua equipe o levou carregado por todo o campo. Finalmente quando tudo terminou, o treinador notou que o jovem estava sentado quieto e só em um canto.
Aproximou-se e disse:
- Garoto não posso acreditar... Você esteve fantástico !!! Conte-me, como conseguiu?!!
O rapaz olhou para o treinador e disse:
- O senhor sabe que meu pai morreu... Mas sabia que meu pai era cego???
O jovem fez uma pausa e tratou de sorrir...
- Meu pai assistiu todos os meus jogos, mas hoje foi a primeira vez que ele realmente pôde me ver jogando... e, eu quis mostrar a ele que podia fazê-lo. Portanto lembre-se:
Sempre existe alguém que:
Está muito orgulhoso de você.
Pensa em você.
Se importa contigo.
Sente saudade de você.
Quer lhe falar.
Gostaria de estar a teu lado.
Espera que não esteja com problemas.
Está agradecido pelo apoio que você tem dado.
Gostaria de segurar sua mão.
Espera que todos seus objetivos resultem bem.
Quer te ver feliz.
Deseja que procure a felicidade.
Quer te dar um presente.
Quer te abraçar.
Pensa que você é um presente.
Admira tua força.
Te considera um tesouro.
Aprecia sua amizade.
Deseja que saibas que sempre estará disposto a te escutar.
Deseja compartilhar contigo seus sonhos.
Necessita seu apoio.
Acredita em você.
Quer ser seu amigo.
Ama você.
Não deixem que esta mensagem, seja somente mais uma mensagem. Vamos tentar, ao menos, ser mais compreensivos e companheiros, esquecer um pouco que trabalhamos pura e simplesmente pelo dinheiro, e lembrar que as pessoas que estão ao nosso lado, são seres humanos, e que uma palavra dita com um tom mais alto ou grosseiro é capaz de ferir profundamente e acabar com o dia de qualquer um, assim como uma palavra doce também pode acalmar algum coração.
Normalmente não tinha oportunidade de jogar, na verdade, quase nunca.
Mesmo assim seu pai permanecia sempre nas grades fazendo companhia.
O jovem era o mais baixo da classe quando começou o 2º grau e insistia em participar na equipe de futebol do Colégio, seu pai sempre orientava e explicava claramente que ele não tinha que jogar futebol se não quisesse realmente.
Mas o garoto amava jogar futebol e não faltava em nenhum treino ou jogo.
Estava decidido a dar o melhor de si e se sentia comprometido.
Durante a sua vida no 2º grau chamavam-no de "esquenta banco", porque vivia sentado como reserva...
Seu pai,com espírito lutador, sempre estava nas grades, fazendo companhia, palavras de consolo e o melhor apoio que algum filho podia esperar!!!!
Quando começou a Universidade, tentou entrar na equipe de futebol.
Achavam que não conseguiria, mas venceu a todos, entrando na equipe.
O treinador lhe deu a notícia, admitindo que o tinha aceitado porque ele demonstrava jogar de corpo e alma em cada um dos treinos e ao mesmo tempo passava muito entusiasmo à toda equipe.
A notícia encheu seu coração por completo. Correu ao telefone mais perto e ligou para seu pai, que compartilhou com ele a emoção.
Enviava ao pai todas as entradas para assistir os jogos da universidade.
O jovem atleta era muito persistente, nunca faltou em nenhum treino e jogo durante os 4 anos da Universidade e também nunca teve a chance de participar em nenhum jogo.
Era a final da temporada e justo alguns minutos antes de começar o primeiro jogo das eliminatórias, o treinador lhe entregou um telegrama.
O jovem pegou e logo depois de ler ficou em silêncio... respirou fundo e tremendo disse ao treinador:
- Meu pai morreu esta manhã. Existe algum problema se eu faltar ao jogo hoje?
O treinador o abraçou e disse:
- Fica o resto da semana de folga, filho e nem se preocupe em vir no Sábado.
Chegou o Sábado, e o jogo não estava bom.
Quando a equipe tinha 10 pontos de desvantagem, o jovem entrou no vestiário, colocou o uniforme em silêncio e correu até o treinador e sua equipe, que ficaram impressionados ao ver seu companheiro regressando.
- Treinador, por favor, deixe-me jogar... Eu tenho que jogar hoje!!!
- implorou o jovem.
O treinador não queria escutá-lo. De nenhuma maneira podia deixar que seu pior jogador entrasse no final das eliminatórias. Mas o jovem insistiu tanto, que finalmente o treinador sentindo pena, disse:
- OK filho, pode entrar, o campo é todo teu.
Minutos depois, o treinador, a equipe e o público não podiam acreditar no que estavam vendo. O pequeno desconhecido, que nunca tinha participado em nenhum jogo, estava sendo brilhante. Ninguém podia detê-lo no campo.
Corria facilmente como uma estrela.
Sua equipe começou fazer pontos até empatar o jogo.
Nos últimos segundos do jogo, o rapaz interceptou um passe e correu todo o campo até ganhar com um touch-down.
As pessoas que estavam nas grades gritavam emocionadas e sua equipe o levou carregado por todo o campo. Finalmente quando tudo terminou, o treinador notou que o jovem estava sentado quieto e só em um canto.
Aproximou-se e disse:
- Garoto não posso acreditar... Você esteve fantástico !!! Conte-me, como conseguiu?!!
O rapaz olhou para o treinador e disse:
- O senhor sabe que meu pai morreu... Mas sabia que meu pai era cego???
O jovem fez uma pausa e tratou de sorrir...
- Meu pai assistiu todos os meus jogos, mas hoje foi a primeira vez que ele realmente pôde me ver jogando... e, eu quis mostrar a ele que podia fazê-lo. Portanto lembre-se:
Sempre existe alguém que:
Está muito orgulhoso de você.
Pensa em você.
Se importa contigo.
Sente saudade de você.
Quer lhe falar.
Gostaria de estar a teu lado.
Espera que não esteja com problemas.
Está agradecido pelo apoio que você tem dado.
Gostaria de segurar sua mão.
Espera que todos seus objetivos resultem bem.
Quer te ver feliz.
Deseja que procure a felicidade.
Quer te dar um presente.
Quer te abraçar.
Pensa que você é um presente.
Admira tua força.
Te considera um tesouro.
Aprecia sua amizade.
Deseja que saibas que sempre estará disposto a te escutar.
Deseja compartilhar contigo seus sonhos.
Necessita seu apoio.
Acredita em você.
Quer ser seu amigo.
Ama você.
Não deixem que esta mensagem, seja somente mais uma mensagem. Vamos tentar, ao menos, ser mais compreensivos e companheiros, esquecer um pouco que trabalhamos pura e simplesmente pelo dinheiro, e lembrar que as pessoas que estão ao nosso lado, são seres humanos, e que uma palavra dita com um tom mais alto ou grosseiro é capaz de ferir profundamente e acabar com o dia de qualquer um, assim como uma palavra doce também pode acalmar algum coração.
quarta-feira, agosto 07, 2002
para quem tiver tempo disponível...
AS 100 COISAS A FAZER QUANDO ME TORNAR UM SENHOR DO MAL.
1. Minhas Legiões do Terror terão capacetes com visores de acrílico, e não placas tampando o campo de visão.
2. Meus dutos de ventilação serão pequenos demais para alguém rastejar por eles.
3. Meu nobre meio irmão, do qual usurpei o trono, será morto, não mantido anônimo em uma cela esquecida em minha masmorra.
4. Fuzilamento não é bom demais para meus inimigos.
5. O Artefato que é a fonte de meu poder não será mantido na Montanha do Desespero, além do Rio de Fogo guardado pelos Dragões da Eternidade. Será mantido em uma caixa forte convencional. Isso também se aplica ao Objeto que é minha única fraqueza.
6. Não irei me gabar da situação de meus inimigos antes de matá-los.
7. Quando tiver capturado meu adversário e ele disser "Olhe, antes de me matar, pelo menos me conte sobre o que você planeja fazer." Eu direi "não" e atirarei nele. Pensando bem, vou atirar nele e depois dizer "não".
8. Depois de raptar a linda princesa, iremos nos casar imediatamente em uma discreta cerimônia civil, não um espetáculo de três semanas de duração durante as quais a fase final de meu plano será implementado.
9. Não incluirei um mecanismo de autodestruição a não ser que seja absolutamente necessário. Se o for, não será um grande botão
vermelho escrito "Perigo, não aperte". O grande botão vermelho "Não Aperte" irá disparar uma saraivada de balas em qualquer um estúpido o bastante para apertá-lo. Ao mesmo tempo, botões "LIGA/DESLIGA" não serão claramente indicados em meus painéis.
10. Não levarei meus inimigos para interrogatório no centro de meu castelo. Um pequeno hotel, na periferia de meu Reino servirá
perfeitamente.
11. Serei seguro de minha superioridade. Assim, não sentirei necessidade de prová-la, deixando pistas na forma de charadas ou permitindo que meus inimigos mais fracos permaneçam vivos, para mostrar que não representam ameaça para mim.
12. Um de meus conselheiros será uma criança de cinco anos. Qualquer falha em meus planos que ela seja capaz de detectar será corrigida antes da implementação.
13. Todos os inimigos mortos serão cremados. Os corpos levarão repetidos tiros de munição de grosso calibre. Ninguém será deixado para morrer no fundo de um penhasco. O anúncio de suas mortes, bem como a respectiva celebração do evento, serão adiados até depois dos procedimentos acima mencionados.
14. O herói não terá direito a um último beijo, último cigarro ou qualquer tipo de último pedido.
15. Nunca usarei nenhum dispositivo com um contador digital. Se achar que tal dispositivo é essencial, o marcarei para ativação quando o contador chegar em 117 e o herói estiver começando a pensar em um plano para desativá-lo.
16. Nunca usarei a frase "Antes de matá-lo, há uma coisa que desejo saber".
17. Quando empregar pessoas como conselheiros, ocasionalmente irei escutar seus conselhos.
18. Se um jovem e atraente casal entra em meu Reino, irei monitorar cuidadosamente suas atividades. Se descobrir que são felizes e apaixonados, os ignorarei. Entretanto, se as circunstâncias os forçaram a ficar juntos, contra sua vontade, e se passam todo
o tempo implicando e criticando um ao outro exceto em ocasiões quando estão salvando a vida um do outro, momento em que há toques de tensão sexual no ar, ordenarei imediatamente sua execução.
19. Não irei ter um filho. Apesar de suas risíveis e mal planejadas tentativas de usurpar meu poder sempre falharem, isso pode se tornar uma distração fatal em um período crucial.
20. Não terei uma filha. Ela iria ser tão bonita quando má, mas uma simples olhada para a expressão no rosto do herói e ela irá trair o próprio pai.
21. Apesar de ser uma forma comprovada de aliviar o stress, não irei soltar risadas maníacas. Com essas risadas, quando ocupado, é muito fácil deixar de perceber pequenas nuances e acontecimentos que um indivíduo mais atento pode identificar e responder à altura.
22.Irei contratar um estilista talentoso para criar uniformes originais para minhas Legiões do Terror, ao contrário de certos modelos
baratos que os fazem parecer tropas nazistas, legiões romanas ou hordas de selvagens mongóis. Todos foram eventualmente derrotados e quero que minhas tropas tenham uma inspiração moral mais positiva.
23.Não importa o quão tentador seja a perspectiva de poder ilimitado, não irei absorver qualquer campo de energia maior que minha cabeça.
24.Irei manter um estoque especial de armas de baixa tecnologia e treinar minhas tropas em seu uso. Assim, mesmo que os heróis consigam destruir meu gerador de energia e/ou desativar as armas de energia padrão, minhas tropas não serão sobrepujadas por um bando de selvagens armados com lanças e pedras.
25.Irei manter uma estimativa realista de minhas forças e fraquezas. Mesmo que isso tire parte da diversão do trabalho, pelo menos nunca irei dizer a frase 'Não, não pode ser! EU SOU INVENCÍVEL!!!" (após a qual, normalmente a morte é instantânea.)
26.Não importa o quão bem funcione. Jamais irei construir qualquer tipo de equipamento que seja completamente indestrutível exceto por um pequeno e virtualmente inacessível ponto vulnerável.
27.Não importa o quão atraentes certos membros da rebelião podem ser. Provavelmente em algum lugar há alguém igualmente atraente que não está tentando desesperadamente me matar. Assim, pensarei duas vezes antes de ordenar que uma prisioneira seja levada a meus aposentos.
28.Nunca construirei uma única unidade de nada importante. Todos os sistemas essenciais terão painéis de controles e fontes de força redundantes. Pela mesma razão, sempre carregarei pelos menos duas armas carregadas, todo o tempo.
29.Meu monstro de estimação será mantido em uma jaula bem segura, da qual ele não poderá escapar e na qual não poderei cair por acidente.
30.Irei me vestir com cores claras e alegres, isso deixará meus inimigos confusos.
31.Todos os magos incompetentes, escudeiros, bardos sem talento e ladrões covardes em meu Reino serão executados. Meus inimigos certamente desistirão e abandonarão sua cruzada se não tiverem um parceiro cômico ao lado.
32.Todas as camponesas ingênuas e peitudas que servem bebidas em tabernas serão trocadas por garçonetes experientes e profissionais, que não irão dar apoio ao herói ou servir de par romântico para seu ajudante.
33.Não terei um ataque de fúria e matarei o mensageiro que me trouxe más notícias só para mostrar o quão mal realmente sou. Bons mensageiros são difíceis de achar.
34.Não exigirei que as mulheres em postos de comando em minha organização usem tops de aço inoxidável. A moral da tropa fica bem melhor com um código de vestimenta mais casual. Ao mesmo tempo, roupas feitas inteiramente de couro serão reservadas para ocasiões formais.
35.Nunca vou me transformar em uma cobra. Isso nunca funciona.
36.Não irei deixar crescer um cavanhaque. Nos velhos tempos fazia com que você parecesse diabólico, hoje o torna um membro
frustrado da Geração X.
37.Não irei prender membros do mesmo grupo no mesmo bloco da masmorra. Muito menos na mesma cela. Se são prisioneiros importantes, irei manter a única chave da cela comigo, ao invés de deixar uma cópia com cada guarda do destacamento da prisão.
38.Quando meu tenente de confiança disser que minhas legiões do Terror estão perdendo uma batalha, eu acreditarei nele. Afinal, ele é meu tenente de confiança.
39.Se um inimigo que acabei de matar tem irmãos ou filhos em algum lugar, irei encontrá los e executá los imediatamente, ao invés de esperar que cresçam nutrindo sentimentos de vingança contra mim.
40.Se eu não tiver escapatória a não ser me envolver em uma batalha, certamente não liderarei na frente de minhas Legiões do Terror, nem irei procurar o líder adversário entre o exército inimigo.
41. Não irei ser cavalheiresco ou bom esportista. Se possuir uma super arma contra a qual não há defesa, a usarei assim que for possível, ao invés de mantê-la guardada.
42. Assim que meu poder estiver estabelecido, irei destruir todos aqueles inconvenientes dispositivos de viagem no tempo.
43. Quando capturar o herói, terei certeza de também capturar seu cachorro, macaco, furão ou qualquer outro bichinho bonitinho de dar nojo, capaz de desamarrar cordas e roubar chaves, que por acaso ele tenha como mascote.
44. Irei manter uma saudável dose de ceticismo quando capturar a linda rebelde e ela disser que está atraída por meu poder e boa aparência, e alegremente trairá seus companheiros se eu deixá-la tomar parte em meus planos.
45. Só irei contratar caçadores de recompensa que trabalhem por dinheiro. Aqueles que trabalham por prazer tendem a fazer coisas tolas como equilibrar as chances, para dar ao outro cara uma disputa justa.
46. Terei um claro entendimento sobre quem é responsável pelo que em minha organização. Por exemplo, se meu general fracassou, não irei sacar minha arma, apontar para ele, dizer "e este é o preço do fracasso" então subitamente apontar e matar um subalterno qualquer.
47. Quando um conselheiro disser "Meu Lorde, ele é somente um homem. O que apenas um homem pode fazer?" Eu responderei: "Isso!" e matarei o conselheiro.
48. Se descobrir que algum fedelho começou uma cruzada para me destruir, irei chaciná-lo enquanto ele ainda é um fedelho, ao invés de esperar que cresça e se torne um adulto.
49. Tratarei qualquer monstro que eu venha a controlar através de mágica ou tecnologia com respeito e ternura. Assim, se perder o controle sobre ele, não virá imediatamente atrás de mim por vingança.
50. Se descobrir a localização aproximada do único artefato que pode me destruir, não irei mandar todas as minhas tropas para recuperá-lo. Ao contrário, mandarei as tropas atrás de alguma outra coisa, e discretamente colocarei um anúncio de "procura-se, g ratifica-se bem ", em um jornal local.
51. Meus computadores principais terão seu próprio sistema operacional, que será totalmente incompatível com IBM PCs ou Macs.
52. Se um dos guardas de minha masmorra começar a esboçar preocupação com as condições na cela da linda princesa, ele será imediatamente transferido para uma função com menos envolvimento com pessoas.
53. Irei contratar um time de arquitetos e pesquisadores de alto nível para examinar meu castelo e me informar de quaisquer passagens secretas e túneis abandonados que eu tenha conhecimento.
54. Se a linda princesa que capturei disser "Nunca irei me casar com você! Nunca! Está ouvindo? Nunca!" eu direi: "Tudo bem." E a executarei.
55. Não farei uma barganha com uma criatura demoníaca e depois tentarei desfazê-la apenas porque me senti com vontade.
56. Os mutantes deformados e malucos psicóticos terão seu lugar em minhas Legiões do Terror. Entretanto antes de mandá-los em uma importante missão secreta que demande tato e sutileza, verificarei se há alguém mais igualmente qualificado, e que atraia menos atenção.
57. Minhas Legiões do Terror serão treinadas em tiro básico. Qualquer um que não consiga aprender a acertar algo do tamanho de um homem a 10 metros de distância, será usado como alvo.
58. Antes de utilizar qualquer tipo de artefato ou máquina capturada, irei ler cuidadosamente o manual de instruções.
59. Se for necessário fugir, não irei parar para fazer uma pose dramática e dizer uma frase profunda.
60. Nunca irei construir um computador inteligente que seja mais esperto do que eu.
61. Pedirei a meu conselheiro de cinco anos de idade que tente decifrar qualquer código que eu estiver pensando em adotar. Se ele o decifrar em menos de 30 segundos, não será usado. Nota: Isso também se aplica a passwords.
62. Se meus conselheiros perguntarem "Por que está arriscando tudo nesse plano louco?" Não irei prosseguir até ter uma resposta que os satisfaça.
63. Irei projetar os corredores de minha fortaleza para que não haja alcovas ou suportes estruturais protuberantes que possam ser usados como abrigo por intrusos durante um tiroteio.
64. Lixo será eliminado em incineradores, não compactadores. E eles serão mantidos acesos, sem aquele nonsense de chamas que se ativam através de túneis de acesso, em intervalos previsíveis.
65. Irei me consultar com um psiquiatra e me curar de todas as estranhas fobias e bizarros hábitos compulsivos que possam se mostrar uma desvantagem.
66. Se for obrigatório que existam terminais de computador de acesso público, os mapas que mostram meu complexo terão uma sala claramente marcada como Sala de Controle Central. Essa sala será a Câmara de Execução. A sala de controle central de verdade estará indicada como Câmara de Contenção de Transbordamento do Esgoto.
67. Meu teclado de segurança na verdade será um scanner de impressões digitais. Qualquer um que observe um usuário digitar seu código e consequentemente tente digitar a mesma sequência irá ativar o alarme central.
68. Não importa quantos curtos circuitos há no sistema, meus guardas serão instruídos a tratar cada câmera de segurança com defeito como caso de emergência total.
69. Pouparei a vida de alguém que tenha me salvado no passado. Isso só é razoável se estimular outros a fazê-lo. Entretanto a oferta só é válida uma única vez. Se querem que os poupe novamente, é melhor que salvem minha vida mais uma vez.
70. Todas as parteiras serão banidas de meu reino. Os bebês nascerão em hospital supervisionados pelo Estado. órfãos serão colocados em lares adotivos, não abandonados na floresta para serem criados por criaturas selvagens.
71. Quando meus guardas se separarem para procura por intrusos, eles sempre andarão em grupos de pelo menos dois. Serão treinados para que se um desaparecer misteriosamente no meio da patrulha, o outro iniciará imediatamente um alerta e chamará por reforços, ao invés de ficar procurando o colega pelas esquinas.
72. Se eu decidir testar a lealdade de um assistente, para descobrir se ele pode ser promovido a homem de confiança, terei um grupo de atiradores de elite por perto, caso a resposta seja não.
73. Se todos os heróis estão ao lado de um mecanismo esquisito e me desafiando, usarei uma arma convencional, ao invés de disparar minha super arma invencível contra eles.
74. Não concordarei em deixar os heróis partirem livres, se vencerem uma competição, mesmo que meus conselheiros digam que está tudo arranjado e que é impossível para eles ganhar.
75. Quando criar uma apresentação multimídia de meu plano, feita para que meu conselheiro de cinco anos de idade possa facilmente entender os detalhes, não irei chamar o disco de "Projeto Overlord" e deixá lo solto em minha mesa.
76. Irei instruir minhas Legiões do Terror para atacarem o herói em massa, ao invés de ficarem em volta dele esperando enquanto um ou dois atacam de cada vez.
77. Se o herói correr para meu telhado, não irei atrás dele em uma tentativa de atirá-lo do alto. Também não lutarei com ele na beira
de um despenhadeiro. (No meio de uma ponte de cordas sobre um rio de lava derretida é não que não vale nem a pena considerar.)
78. Se tiver um surto de insanidade e decidir oferecer ao herói a chance de rejeitar um emprego como meu Braço Direito, irei reter sanidade o suficiente para esperar que meu atual Braço Direito saia da sala antes de fazer a oferta.
79. Não direi para minhas Legiões do Terror "E ele deve ser trazido vivo!". A ordem será: "E tentem trazê-lo vivo se for razoavelmente
viável".
80. Se acontecer de minha máquina do Juízo Final possuir um botão de reversão, assim que tiver sido usada irei derretê-la e cunhar uma edição especial limitada de moedas comemorativas.
81. Se minhas tropas mais fracas falharem na tentativa de eliminar o heróis, mandarei minhas melhores tropas, ao invés de perder tempo mandando tropas progressivamente mais fortes, a medida em que ele se aproxima de minha fortaleza.
82. Quando lutar com o herói no alto de uma plataforma em movimento, o tiver desarmado, e estiver a ponto de acabar com sua vida, e ele olhar para algo atrás de mim e se jogar no chão, me jogarei imediatamente no chão também, ao invés de fazer uma express ão inquisitiva e olhar para trás para ver o que ele viu.
83. Não irei atirar em nenhum de meus inimigos se eles estiveram de pé em frente a um suporte crucial de uma estrutura pesada, perigosa e precariamente equilibrada.
84. Se estiver jantando com o herói, colocar veneno em sua taça, e subitamente tiver que sair da sala por alguma razão, pedirei novos drinques para nós, ao invés de tentar decidir se ele trocou ou não os copos.
85. Não deixarei que prisioneiros de um sexo sejam vigiados por membros do sexo oposto.
86. Não implementarei nenhum plano cujo passo final sejam horrivelmente complicado, como "alinhe as 12 Pedras do Poder no altar sagrado então ative o medalhão no momento do eclipse total". Ao invés disso, meu plano será ativado com a frase "aperte o botão ".
87. Terei certeza de que minha Máquina do Juízo Final está devidamente dentro das regras de instalação, e corretamente aterrada.
88. Meus tonéis de produtos químicos perigosos ficarão tampados quando fora de uso. Também não irei construir passagens e escadas sobre eles.
89. Se um grupo de subordinados falhar miseravelmente em sua missão, não lhes darei uma grande bronca por sua incompetência, e em seguida enviar o mesmo grupo para tentar de novo.
90. Depois de capturar a super arma do herói, não vou imediatamente dispensar minhas legiões e relaxar minha guarda pessoal porque acredito que qualquer um que possua a arma é invencível. Afinal, o herói tinha a arma e eu a tomei dele.
91. Não vou projetar uma Sala de Controle Central em que todos os terminais deixem o operador de costas para a porta principal.
92. Não irei ignorar o mensageiro esbaforido e obviamente agitado até que minha cavalgada ou outro entretenimento pessoal termine. O que ele tem a dizer pode ser importante.
93. Se chegar a falar com o herói ao telefone, não irei ameaçá-lo. Ao contrário, direi que sua perseverança me deu uma nova visão da
futilidade de minhas ações malvadas, e que se ele me deixar em paz por alguns meses de quieta contemplação irei provavelme nte voltar para o caminho do Bem. (heróis são incrivelmente fáceis de se enganar, quanto a isso).
94. Se eu decidir realizar uma execução dupla do herói e de um subordinado que tenha falhado ou me traído, farei com que o herói seja executado primeiro.
95. Quando efetuando uma prisão, meus guardas não deixarão que parem e peguem um objeto aparentemente inútil, por puro valor sentimental.
96. Minha masmorra terão sua própria equipe médica qualificada, completa com guarda costas. Assim se um prisioneiro ficar doente e seu colega de cela disser ao guarda que é uma emergência, o guarda chamará um grupo de trauma, ao invés de abrir a cela para
dar uma olhada.
97. Minhas portas serão projetadas para se que alguém destrua o painel de controle do lado de fora, a porta feche, e se destrua o painel do lado de dentro, a porta abre. Não vice versa.
98.As celas de minhas masmorras não conterão objetos com superfícies reflexivas ou nada que possa ser transformado em cordas.
99.Qualquer conjunto de dados de importância crucial será acondicionado em arquivos de 1.45Mb, para não caberem em um único disquete.
100.Finalmente, para manter todos os meus súditos contentes e descerebrados, irei prover a cada um acesso Internet ilimitado, grátis.
AS 100 COISAS A FAZER QUANDO ME TORNAR UM SENHOR DO MAL.
1. Minhas Legiões do Terror terão capacetes com visores de acrílico, e não placas tampando o campo de visão.
2. Meus dutos de ventilação serão pequenos demais para alguém rastejar por eles.
3. Meu nobre meio irmão, do qual usurpei o trono, será morto, não mantido anônimo em uma cela esquecida em minha masmorra.
4. Fuzilamento não é bom demais para meus inimigos.
5. O Artefato que é a fonte de meu poder não será mantido na Montanha do Desespero, além do Rio de Fogo guardado pelos Dragões da Eternidade. Será mantido em uma caixa forte convencional. Isso também se aplica ao Objeto que é minha única fraqueza.
6. Não irei me gabar da situação de meus inimigos antes de matá-los.
7. Quando tiver capturado meu adversário e ele disser "Olhe, antes de me matar, pelo menos me conte sobre o que você planeja fazer." Eu direi "não" e atirarei nele. Pensando bem, vou atirar nele e depois dizer "não".
8. Depois de raptar a linda princesa, iremos nos casar imediatamente em uma discreta cerimônia civil, não um espetáculo de três semanas de duração durante as quais a fase final de meu plano será implementado.
9. Não incluirei um mecanismo de autodestruição a não ser que seja absolutamente necessário. Se o for, não será um grande botão
vermelho escrito "Perigo, não aperte". O grande botão vermelho "Não Aperte" irá disparar uma saraivada de balas em qualquer um estúpido o bastante para apertá-lo. Ao mesmo tempo, botões "LIGA/DESLIGA" não serão claramente indicados em meus painéis.
10. Não levarei meus inimigos para interrogatório no centro de meu castelo. Um pequeno hotel, na periferia de meu Reino servirá
perfeitamente.
11. Serei seguro de minha superioridade. Assim, não sentirei necessidade de prová-la, deixando pistas na forma de charadas ou permitindo que meus inimigos mais fracos permaneçam vivos, para mostrar que não representam ameaça para mim.
12. Um de meus conselheiros será uma criança de cinco anos. Qualquer falha em meus planos que ela seja capaz de detectar será corrigida antes da implementação.
13. Todos os inimigos mortos serão cremados. Os corpos levarão repetidos tiros de munição de grosso calibre. Ninguém será deixado para morrer no fundo de um penhasco. O anúncio de suas mortes, bem como a respectiva celebração do evento, serão adiados até depois dos procedimentos acima mencionados.
14. O herói não terá direito a um último beijo, último cigarro ou qualquer tipo de último pedido.
15. Nunca usarei nenhum dispositivo com um contador digital. Se achar que tal dispositivo é essencial, o marcarei para ativação quando o contador chegar em 117 e o herói estiver começando a pensar em um plano para desativá-lo.
16. Nunca usarei a frase "Antes de matá-lo, há uma coisa que desejo saber".
17. Quando empregar pessoas como conselheiros, ocasionalmente irei escutar seus conselhos.
18. Se um jovem e atraente casal entra em meu Reino, irei monitorar cuidadosamente suas atividades. Se descobrir que são felizes e apaixonados, os ignorarei. Entretanto, se as circunstâncias os forçaram a ficar juntos, contra sua vontade, e se passam todo
o tempo implicando e criticando um ao outro exceto em ocasiões quando estão salvando a vida um do outro, momento em que há toques de tensão sexual no ar, ordenarei imediatamente sua execução.
19. Não irei ter um filho. Apesar de suas risíveis e mal planejadas tentativas de usurpar meu poder sempre falharem, isso pode se tornar uma distração fatal em um período crucial.
20. Não terei uma filha. Ela iria ser tão bonita quando má, mas uma simples olhada para a expressão no rosto do herói e ela irá trair o próprio pai.
21. Apesar de ser uma forma comprovada de aliviar o stress, não irei soltar risadas maníacas. Com essas risadas, quando ocupado, é muito fácil deixar de perceber pequenas nuances e acontecimentos que um indivíduo mais atento pode identificar e responder à altura.
22.Irei contratar um estilista talentoso para criar uniformes originais para minhas Legiões do Terror, ao contrário de certos modelos
baratos que os fazem parecer tropas nazistas, legiões romanas ou hordas de selvagens mongóis. Todos foram eventualmente derrotados e quero que minhas tropas tenham uma inspiração moral mais positiva.
23.Não importa o quão tentador seja a perspectiva de poder ilimitado, não irei absorver qualquer campo de energia maior que minha cabeça.
24.Irei manter um estoque especial de armas de baixa tecnologia e treinar minhas tropas em seu uso. Assim, mesmo que os heróis consigam destruir meu gerador de energia e/ou desativar as armas de energia padrão, minhas tropas não serão sobrepujadas por um bando de selvagens armados com lanças e pedras.
25.Irei manter uma estimativa realista de minhas forças e fraquezas. Mesmo que isso tire parte da diversão do trabalho, pelo menos nunca irei dizer a frase 'Não, não pode ser! EU SOU INVENCÍVEL!!!" (após a qual, normalmente a morte é instantânea.)
26.Não importa o quão bem funcione. Jamais irei construir qualquer tipo de equipamento que seja completamente indestrutível exceto por um pequeno e virtualmente inacessível ponto vulnerável.
27.Não importa o quão atraentes certos membros da rebelião podem ser. Provavelmente em algum lugar há alguém igualmente atraente que não está tentando desesperadamente me matar. Assim, pensarei duas vezes antes de ordenar que uma prisioneira seja levada a meus aposentos.
28.Nunca construirei uma única unidade de nada importante. Todos os sistemas essenciais terão painéis de controles e fontes de força redundantes. Pela mesma razão, sempre carregarei pelos menos duas armas carregadas, todo o tempo.
29.Meu monstro de estimação será mantido em uma jaula bem segura, da qual ele não poderá escapar e na qual não poderei cair por acidente.
30.Irei me vestir com cores claras e alegres, isso deixará meus inimigos confusos.
31.Todos os magos incompetentes, escudeiros, bardos sem talento e ladrões covardes em meu Reino serão executados. Meus inimigos certamente desistirão e abandonarão sua cruzada se não tiverem um parceiro cômico ao lado.
32.Todas as camponesas ingênuas e peitudas que servem bebidas em tabernas serão trocadas por garçonetes experientes e profissionais, que não irão dar apoio ao herói ou servir de par romântico para seu ajudante.
33.Não terei um ataque de fúria e matarei o mensageiro que me trouxe más notícias só para mostrar o quão mal realmente sou. Bons mensageiros são difíceis de achar.
34.Não exigirei que as mulheres em postos de comando em minha organização usem tops de aço inoxidável. A moral da tropa fica bem melhor com um código de vestimenta mais casual. Ao mesmo tempo, roupas feitas inteiramente de couro serão reservadas para ocasiões formais.
35.Nunca vou me transformar em uma cobra. Isso nunca funciona.
36.Não irei deixar crescer um cavanhaque. Nos velhos tempos fazia com que você parecesse diabólico, hoje o torna um membro
frustrado da Geração X.
37.Não irei prender membros do mesmo grupo no mesmo bloco da masmorra. Muito menos na mesma cela. Se são prisioneiros importantes, irei manter a única chave da cela comigo, ao invés de deixar uma cópia com cada guarda do destacamento da prisão.
38.Quando meu tenente de confiança disser que minhas legiões do Terror estão perdendo uma batalha, eu acreditarei nele. Afinal, ele é meu tenente de confiança.
39.Se um inimigo que acabei de matar tem irmãos ou filhos em algum lugar, irei encontrá los e executá los imediatamente, ao invés de esperar que cresçam nutrindo sentimentos de vingança contra mim.
40.Se eu não tiver escapatória a não ser me envolver em uma batalha, certamente não liderarei na frente de minhas Legiões do Terror, nem irei procurar o líder adversário entre o exército inimigo.
41. Não irei ser cavalheiresco ou bom esportista. Se possuir uma super arma contra a qual não há defesa, a usarei assim que for possível, ao invés de mantê-la guardada.
42. Assim que meu poder estiver estabelecido, irei destruir todos aqueles inconvenientes dispositivos de viagem no tempo.
43. Quando capturar o herói, terei certeza de também capturar seu cachorro, macaco, furão ou qualquer outro bichinho bonitinho de dar nojo, capaz de desamarrar cordas e roubar chaves, que por acaso ele tenha como mascote.
44. Irei manter uma saudável dose de ceticismo quando capturar a linda rebelde e ela disser que está atraída por meu poder e boa aparência, e alegremente trairá seus companheiros se eu deixá-la tomar parte em meus planos.
45. Só irei contratar caçadores de recompensa que trabalhem por dinheiro. Aqueles que trabalham por prazer tendem a fazer coisas tolas como equilibrar as chances, para dar ao outro cara uma disputa justa.
46. Terei um claro entendimento sobre quem é responsável pelo que em minha organização. Por exemplo, se meu general fracassou, não irei sacar minha arma, apontar para ele, dizer "e este é o preço do fracasso" então subitamente apontar e matar um subalterno qualquer.
47. Quando um conselheiro disser "Meu Lorde, ele é somente um homem. O que apenas um homem pode fazer?" Eu responderei: "Isso!" e matarei o conselheiro.
48. Se descobrir que algum fedelho começou uma cruzada para me destruir, irei chaciná-lo enquanto ele ainda é um fedelho, ao invés de esperar que cresça e se torne um adulto.
49. Tratarei qualquer monstro que eu venha a controlar através de mágica ou tecnologia com respeito e ternura. Assim, se perder o controle sobre ele, não virá imediatamente atrás de mim por vingança.
50. Se descobrir a localização aproximada do único artefato que pode me destruir, não irei mandar todas as minhas tropas para recuperá-lo. Ao contrário, mandarei as tropas atrás de alguma outra coisa, e discretamente colocarei um anúncio de "procura-se, g ratifica-se bem ", em um jornal local.
51. Meus computadores principais terão seu próprio sistema operacional, que será totalmente incompatível com IBM PCs ou Macs.
52. Se um dos guardas de minha masmorra começar a esboçar preocupação com as condições na cela da linda princesa, ele será imediatamente transferido para uma função com menos envolvimento com pessoas.
53. Irei contratar um time de arquitetos e pesquisadores de alto nível para examinar meu castelo e me informar de quaisquer passagens secretas e túneis abandonados que eu tenha conhecimento.
54. Se a linda princesa que capturei disser "Nunca irei me casar com você! Nunca! Está ouvindo? Nunca!" eu direi: "Tudo bem." E a executarei.
55. Não farei uma barganha com uma criatura demoníaca e depois tentarei desfazê-la apenas porque me senti com vontade.
56. Os mutantes deformados e malucos psicóticos terão seu lugar em minhas Legiões do Terror. Entretanto antes de mandá-los em uma importante missão secreta que demande tato e sutileza, verificarei se há alguém mais igualmente qualificado, e que atraia menos atenção.
57. Minhas Legiões do Terror serão treinadas em tiro básico. Qualquer um que não consiga aprender a acertar algo do tamanho de um homem a 10 metros de distância, será usado como alvo.
58. Antes de utilizar qualquer tipo de artefato ou máquina capturada, irei ler cuidadosamente o manual de instruções.
59. Se for necessário fugir, não irei parar para fazer uma pose dramática e dizer uma frase profunda.
60. Nunca irei construir um computador inteligente que seja mais esperto do que eu.
61. Pedirei a meu conselheiro de cinco anos de idade que tente decifrar qualquer código que eu estiver pensando em adotar. Se ele o decifrar em menos de 30 segundos, não será usado. Nota: Isso também se aplica a passwords.
62. Se meus conselheiros perguntarem "Por que está arriscando tudo nesse plano louco?" Não irei prosseguir até ter uma resposta que os satisfaça.
63. Irei projetar os corredores de minha fortaleza para que não haja alcovas ou suportes estruturais protuberantes que possam ser usados como abrigo por intrusos durante um tiroteio.
64. Lixo será eliminado em incineradores, não compactadores. E eles serão mantidos acesos, sem aquele nonsense de chamas que se ativam através de túneis de acesso, em intervalos previsíveis.
65. Irei me consultar com um psiquiatra e me curar de todas as estranhas fobias e bizarros hábitos compulsivos que possam se mostrar uma desvantagem.
66. Se for obrigatório que existam terminais de computador de acesso público, os mapas que mostram meu complexo terão uma sala claramente marcada como Sala de Controle Central. Essa sala será a Câmara de Execução. A sala de controle central de verdade estará indicada como Câmara de Contenção de Transbordamento do Esgoto.
67. Meu teclado de segurança na verdade será um scanner de impressões digitais. Qualquer um que observe um usuário digitar seu código e consequentemente tente digitar a mesma sequência irá ativar o alarme central.
68. Não importa quantos curtos circuitos há no sistema, meus guardas serão instruídos a tratar cada câmera de segurança com defeito como caso de emergência total.
69. Pouparei a vida de alguém que tenha me salvado no passado. Isso só é razoável se estimular outros a fazê-lo. Entretanto a oferta só é válida uma única vez. Se querem que os poupe novamente, é melhor que salvem minha vida mais uma vez.
70. Todas as parteiras serão banidas de meu reino. Os bebês nascerão em hospital supervisionados pelo Estado. órfãos serão colocados em lares adotivos, não abandonados na floresta para serem criados por criaturas selvagens.
71. Quando meus guardas se separarem para procura por intrusos, eles sempre andarão em grupos de pelo menos dois. Serão treinados para que se um desaparecer misteriosamente no meio da patrulha, o outro iniciará imediatamente um alerta e chamará por reforços, ao invés de ficar procurando o colega pelas esquinas.
72. Se eu decidir testar a lealdade de um assistente, para descobrir se ele pode ser promovido a homem de confiança, terei um grupo de atiradores de elite por perto, caso a resposta seja não.
73. Se todos os heróis estão ao lado de um mecanismo esquisito e me desafiando, usarei uma arma convencional, ao invés de disparar minha super arma invencível contra eles.
74. Não concordarei em deixar os heróis partirem livres, se vencerem uma competição, mesmo que meus conselheiros digam que está tudo arranjado e que é impossível para eles ganhar.
75. Quando criar uma apresentação multimídia de meu plano, feita para que meu conselheiro de cinco anos de idade possa facilmente entender os detalhes, não irei chamar o disco de "Projeto Overlord" e deixá lo solto em minha mesa.
76. Irei instruir minhas Legiões do Terror para atacarem o herói em massa, ao invés de ficarem em volta dele esperando enquanto um ou dois atacam de cada vez.
77. Se o herói correr para meu telhado, não irei atrás dele em uma tentativa de atirá-lo do alto. Também não lutarei com ele na beira
de um despenhadeiro. (No meio de uma ponte de cordas sobre um rio de lava derretida é não que não vale nem a pena considerar.)
78. Se tiver um surto de insanidade e decidir oferecer ao herói a chance de rejeitar um emprego como meu Braço Direito, irei reter sanidade o suficiente para esperar que meu atual Braço Direito saia da sala antes de fazer a oferta.
79. Não direi para minhas Legiões do Terror "E ele deve ser trazido vivo!". A ordem será: "E tentem trazê-lo vivo se for razoavelmente
viável".
80. Se acontecer de minha máquina do Juízo Final possuir um botão de reversão, assim que tiver sido usada irei derretê-la e cunhar uma edição especial limitada de moedas comemorativas.
81. Se minhas tropas mais fracas falharem na tentativa de eliminar o heróis, mandarei minhas melhores tropas, ao invés de perder tempo mandando tropas progressivamente mais fortes, a medida em que ele se aproxima de minha fortaleza.
82. Quando lutar com o herói no alto de uma plataforma em movimento, o tiver desarmado, e estiver a ponto de acabar com sua vida, e ele olhar para algo atrás de mim e se jogar no chão, me jogarei imediatamente no chão também, ao invés de fazer uma express ão inquisitiva e olhar para trás para ver o que ele viu.
83. Não irei atirar em nenhum de meus inimigos se eles estiveram de pé em frente a um suporte crucial de uma estrutura pesada, perigosa e precariamente equilibrada.
84. Se estiver jantando com o herói, colocar veneno em sua taça, e subitamente tiver que sair da sala por alguma razão, pedirei novos drinques para nós, ao invés de tentar decidir se ele trocou ou não os copos.
85. Não deixarei que prisioneiros de um sexo sejam vigiados por membros do sexo oposto.
86. Não implementarei nenhum plano cujo passo final sejam horrivelmente complicado, como "alinhe as 12 Pedras do Poder no altar sagrado então ative o medalhão no momento do eclipse total". Ao invés disso, meu plano será ativado com a frase "aperte o botão ".
87. Terei certeza de que minha Máquina do Juízo Final está devidamente dentro das regras de instalação, e corretamente aterrada.
88. Meus tonéis de produtos químicos perigosos ficarão tampados quando fora de uso. Também não irei construir passagens e escadas sobre eles.
89. Se um grupo de subordinados falhar miseravelmente em sua missão, não lhes darei uma grande bronca por sua incompetência, e em seguida enviar o mesmo grupo para tentar de novo.
90. Depois de capturar a super arma do herói, não vou imediatamente dispensar minhas legiões e relaxar minha guarda pessoal porque acredito que qualquer um que possua a arma é invencível. Afinal, o herói tinha a arma e eu a tomei dele.
91. Não vou projetar uma Sala de Controle Central em que todos os terminais deixem o operador de costas para a porta principal.
92. Não irei ignorar o mensageiro esbaforido e obviamente agitado até que minha cavalgada ou outro entretenimento pessoal termine. O que ele tem a dizer pode ser importante.
93. Se chegar a falar com o herói ao telefone, não irei ameaçá-lo. Ao contrário, direi que sua perseverança me deu uma nova visão da
futilidade de minhas ações malvadas, e que se ele me deixar em paz por alguns meses de quieta contemplação irei provavelme nte voltar para o caminho do Bem. (heróis são incrivelmente fáceis de se enganar, quanto a isso).
94. Se eu decidir realizar uma execução dupla do herói e de um subordinado que tenha falhado ou me traído, farei com que o herói seja executado primeiro.
95. Quando efetuando uma prisão, meus guardas não deixarão que parem e peguem um objeto aparentemente inútil, por puro valor sentimental.
96. Minha masmorra terão sua própria equipe médica qualificada, completa com guarda costas. Assim se um prisioneiro ficar doente e seu colega de cela disser ao guarda que é uma emergência, o guarda chamará um grupo de trauma, ao invés de abrir a cela para
dar uma olhada.
97. Minhas portas serão projetadas para se que alguém destrua o painel de controle do lado de fora, a porta feche, e se destrua o painel do lado de dentro, a porta abre. Não vice versa.
98.As celas de minhas masmorras não conterão objetos com superfícies reflexivas ou nada que possa ser transformado em cordas.
99.Qualquer conjunto de dados de importância crucial será acondicionado em arquivos de 1.45Mb, para não caberem em um único disquete.
100.Finalmente, para manter todos os meus súditos contentes e descerebrados, irei prover a cada um acesso Internet ilimitado, grátis.
terça-feira, agosto 06, 2002
por Cláudia
COMO MANTER UM NÍVEL SAUDÁVEL DE INSANIDADE:
1) No seu horário de almoço, sente-se no seu carro estacionado, coloque seus óculo escuros e aponte um secador de cabelos para os carros que passam. Veja se eles diminuem a velocidade.
2) Insista que o seu e-mail é: Xena.Princesa.Guerreira@nomedaempresa.com.br ou ..... Elvis.O.Rei@nomedaempresa.com.br .
3) Sempre que alguém lhe pedir para fazer alguma coisa, pergunte se quer que fritas acompanhem.
4) Encorage seus colegas de sala para fazer uma dança de cadeiras sincronizada com você.
5) Coloque a sua lata de lixo sobre a mesa e escreva "Entra" nela.
6) Desenvolva um estranho medo de grampeadores.
7) Coloque café descafeinado na máquina de café por três semanas. Quando todos tiverem superado o vício à cafeína, mude para expresso.
8) No canhoto de todos os seus cheques escreva "Ref. favores sexuais".
9) Sempre que alguém lhe falar alguma coisa, responda com... "isso é o que você pensa".
10) Termine todas as suas frases com ..."de acordo com a profecia".
11) Ajuste a brilho do seu monitor para o que o nível dele ilumine toda a área de trabalho. Insista com os outros que você gosta desse jeito.
12) Não use pontuações.
13) Sempre que possível, pule ao invés de andar.
14) Pergunte às pessoas de que sexo elas são. Ria histericamente depois que elas responderem.
15) Quando estiver em um "drive-thru", especifique que o pedido é para viagem.
16) Cante junto na ópera.
17) Vá a um recital de poemas e pergunte por que os poemas não rimam.
18) Descubra onde o seu chefe faz compras e compre exatamente as mesmas roupas. Use-as um dia depois que o seu chefe usá-las. Isso é especialmente efetivo se o seu chefe for do sexo oposto.
19) Mande e-mails para o resto da empresa para dizer o que você está fazendo. Por exemplo: "Se alguém precisar de mim, estarei no banheiro, na cabine 3".
20) Coloque uma tela de mosquitos ao redor do seu cubículo. Toque um CD com sons da floresta durante o dia inteiro.
21) Com cinco dias de antecedência, avise seus amigos que você não pode ir à festa deles porque não está no clima.
22) Ligue para o CVV e não fale nada.
23) Faça seus colegas de trabalho lhe chamar pelo seu apelido, " Duro na Queda".
24) Quando sair dinheiro do caixa eletrônico, grite.
25) Ao sair do Zoológico, corra na direção do estacionamento gritando: "Salve-se quem puder, eles estão soltos!".
26) Fale para o seu chefe... "são as vozes na minha cabeça".
27) Na hora do jantar, anuncie para os seus filhos: "Devido à nossa situação econômica, teremos de mandar um de vocês embora".
28) Todas as vezes que você vir uma vassoura, grite : "Amor, sua mãe chegou!".
COMO MANTER UM NÍVEL SAUDÁVEL DE INSANIDADE:
1) No seu horário de almoço, sente-se no seu carro estacionado, coloque seus óculo escuros e aponte um secador de cabelos para os carros que passam. Veja se eles diminuem a velocidade.
2) Insista que o seu e-mail é: Xena.Princesa.Guerreira@nomedaempresa.com.br ou ..... Elvis.O.Rei@nomedaempresa.com.br .
3) Sempre que alguém lhe pedir para fazer alguma coisa, pergunte se quer que fritas acompanhem.
4) Encorage seus colegas de sala para fazer uma dança de cadeiras sincronizada com você.
5) Coloque a sua lata de lixo sobre a mesa e escreva "Entra" nela.
6) Desenvolva um estranho medo de grampeadores.
7) Coloque café descafeinado na máquina de café por três semanas. Quando todos tiverem superado o vício à cafeína, mude para expresso.
8) No canhoto de todos os seus cheques escreva "Ref. favores sexuais".
9) Sempre que alguém lhe falar alguma coisa, responda com... "isso é o que você pensa".
10) Termine todas as suas frases com ..."de acordo com a profecia".
11) Ajuste a brilho do seu monitor para o que o nível dele ilumine toda a área de trabalho. Insista com os outros que você gosta desse jeito.
12) Não use pontuações.
13) Sempre que possível, pule ao invés de andar.
14) Pergunte às pessoas de que sexo elas são. Ria histericamente depois que elas responderem.
15) Quando estiver em um "drive-thru", especifique que o pedido é para viagem.
16) Cante junto na ópera.
17) Vá a um recital de poemas e pergunte por que os poemas não rimam.
18) Descubra onde o seu chefe faz compras e compre exatamente as mesmas roupas. Use-as um dia depois que o seu chefe usá-las. Isso é especialmente efetivo se o seu chefe for do sexo oposto.
19) Mande e-mails para o resto da empresa para dizer o que você está fazendo. Por exemplo: "Se alguém precisar de mim, estarei no banheiro, na cabine 3".
20) Coloque uma tela de mosquitos ao redor do seu cubículo. Toque um CD com sons da floresta durante o dia inteiro.
21) Com cinco dias de antecedência, avise seus amigos que você não pode ir à festa deles porque não está no clima.
22) Ligue para o CVV e não fale nada.
23) Faça seus colegas de trabalho lhe chamar pelo seu apelido, " Duro na Queda".
24) Quando sair dinheiro do caixa eletrônico, grite.
25) Ao sair do Zoológico, corra na direção do estacionamento gritando: "Salve-se quem puder, eles estão soltos!".
26) Fale para o seu chefe... "são as vozes na minha cabeça".
27) Na hora do jantar, anuncie para os seus filhos: "Devido à nossa situação econômica, teremos de mandar um de vocês embora".
28) Todas as vezes que você vir uma vassoura, grite : "Amor, sua mãe chegou!".
segunda-feira, agosto 05, 2002
"Los Hermanos" por Zé Henrique
Um brasileiro entra na policia em plena Caxias do Sul e dirige-se ao xerife:
- Vim entregar-me, cometi um crime e desde entao nao consigo viver em paz.
- Meu senhor, as leis aqui sao muito severas e sao cumpridas e se o senhor e mesmo culpado nao havera apelacao nem dor de consciencia que o livre da cadeia.
- Atropelei um argentino na estrada ao sul de Caxias.
- Ora meu amigo, como o senhor pode se culpar se estes argentinos atravessam as ruas e as estradas a todo o momento ?
- Mas ele estava no acostamento.
- Se estava no acostamento e porque queria atravessar, se nao fosse o senhor seria outro qualquer.
- Mas nao tive nem a hombridade de avisar a familia daquele homem, sou um crapula!
- Meu amigo, se o senhor tivesse avisado haveria manifestacao, repudio popular, passeata, repressao, pancadaria e morreria muito mais gente, acho o senhor um pacifista, merece uma estatua.
- Eu enterrei o pobre homem ali mesmo, na beira da estrada.
- O senhor e um grande humanista, enterrar um argentino, e um benfeitor, outro qualquer o abandonaria ali mesmo para ser comido por urubus e outros animais, provavelmente ate hienas.
- Mas enquanto eu o enterrava, ele gritava : Estoy vivo,estoy vivo ! !
- Tudo mentira, esses argentinos mentem muito.
Um brasileiro entra na policia em plena Caxias do Sul e dirige-se ao xerife:
- Vim entregar-me, cometi um crime e desde entao nao consigo viver em paz.
- Meu senhor, as leis aqui sao muito severas e sao cumpridas e se o senhor e mesmo culpado nao havera apelacao nem dor de consciencia que o livre da cadeia.
- Atropelei um argentino na estrada ao sul de Caxias.
- Ora meu amigo, como o senhor pode se culpar se estes argentinos atravessam as ruas e as estradas a todo o momento ?
- Mas ele estava no acostamento.
- Se estava no acostamento e porque queria atravessar, se nao fosse o senhor seria outro qualquer.
- Mas nao tive nem a hombridade de avisar a familia daquele homem, sou um crapula!
- Meu amigo, se o senhor tivesse avisado haveria manifestacao, repudio popular, passeata, repressao, pancadaria e morreria muito mais gente, acho o senhor um pacifista, merece uma estatua.
- Eu enterrei o pobre homem ali mesmo, na beira da estrada.
- O senhor e um grande humanista, enterrar um argentino, e um benfeitor, outro qualquer o abandonaria ali mesmo para ser comido por urubus e outros animais, provavelmente ate hienas.
- Mas enquanto eu o enterrava, ele gritava : Estoy vivo,estoy vivo ! !
- Tudo mentira, esses argentinos mentem muito.
segunda-feira, julho 29, 2002
Por Letícia ...interessante...
CRÔNICA
MEDO - sombras da infância - Julio Cortázar
Interrogar-me sobre o medo em minha infância é abrir um território vertiginoso e cruel que inutilmente venho tentando esquecer (todo adulto é hipócrita frente uma parte de sua meninice), mas que volta em pesadelos noturnos e noutros pesadelos que fui escrevendo sob a forma de contos fantásticos. A casa de minha infância estava tomada de sombras, recantos, andares e sótãos, e ao cair da noite as distâncias se tornavam desmedidas para este menino que devia ir ao banheiro atravessando dois pátios, ou trazer o que lhe pediam de uma dispensa remota. Sagas sangrentas de assassinos circulavam nas conversas de família após o jantar, o subúrbio transbordava de ladrões e vagabundos perigosos, mas isso tudo, que compreensivelmente aterrorizava minha mãe, somente incidiu marginalmente em meus medos. Numa idade que não consigo fixar, a solidão e a obscuridade desencadearam em mim outros temores jamais confessos; animalzinho literário desde então, o terror me chegou pelas leituras e não de crônicas vivas, inclusive nestas leituras o vórtice do pavor foi sempre a manifestação do sobrenatural, do que não se pode tocar, nem ouvir ou ver com os sentidos usuais, e que precipita sobre a vítima uma dimensão fora de toda lógica.
Assim, desarmado, nunca pude refugiar-me na confissão do temor que os mais velhos às vezes compreendem, ainda que quase sempre a rechacem em nome do senso comum, da hombridade e de outras cretinices; desde muito jovem tive que aceitar minha solidão nesse terreno ambíguo, onde o medo e a atração mórbida compunham meu mundo da noite. Consigo precisar hoje um marco seguro: a leitura clandestina, aos oito ou nove anos, dos contos de Edgar Allan Poe. Ali o real e o fantástico (digamos a rua Morgue e Berenice, o gato negro e Lady Madelaine Usher) se fundiram num horror unívoco que realmente me contaminou durante meses e do qual jamais me curei de todo. O folclore argentino também fazia das suas, através de tios e primas: o lobisomem, por exemplo, a possibilidade monstruosa do licantropo cada vez que me mandavam buscar algo no jardim em noite de lua cheia. Pouco me atemorizava a idéia de um criminoso que pudesse me apunhalar ou estrangular na sombra; esse criminoso estava do meu lado, inclusive minha ingenuidade me levava a crer-me capaz de defesa, com um direto na mandíbula ou uma patada letal. O medo era o outro, isso que a literatura anglo-saxã chama tão admiravelmente de the thing, "a coisa", o que não tem imagem nem definição precisa, roçar furtivo no cabelo, mão gelada no pescoço, risada percebida do outro lado de uma porta entreaberta. Contra isso não
havia resposta possível senão correr, cumprir o encargo a toda velocidade e regressar sem alento para recolher irrisoriamente grandes elogios por minha diligência. Meus companheiros de escola e de futebol tinham medo do que genericamente chamavam de
fantasmas, que extraíam de relatos familiares e de péssimos novelões góticos. A idéia do fantasma típico, com lençol branco e ruído de correntes, nunca me preocupou; podia admitir sua existência, e até admitia, mas estava quase seguro de que não se incomodariam em manifestar-se, achava-os demasiadamente estereotipados e repetitivos. Minhas leituras pouco controladas pelos adultos caminhavam infalivelmente para formas mais sutis do sobrenatural e do mórbido; literatura da catalepsia e do sonambulismo, por exemplo, que abundava nas bibliotecas de minha infância; o Golem, que entrou prematuramente em minha vida; os duplos;
os autômatos homicidas; e já no umbral da despedida infantil, o monstro filho de Mary Shelley e do doutor Frankenstein; além de Césare, a horrenda criatura de Caligari. O menino é o pai do homem, e quem ler estas linhas reconhecerá algumas das atmosferas que surgem de meus contos e de alguma novela (onde se trata de vampiros que, coisa estranha, não circularam muito nas noites de minha infância, sem dúvida por falhas bibliográficas). Se o medo cobriu de infelicidade minha meninice, por outro lado multiplicou as possibilidades de minha imaginação e me levou a exorcizá-lo através da palavra; contra meu próprio medo inventei o medo para outros, resta saber se os outros me agradecerão. Em todo caso, creio que um mundo sem medo será um mundo demasiado seguro de si mesmo, excessivamente mecânico. Desconfio dos que afirmam nunca ter sentido medo; ou mentem, ou são robôs dissimulados, e que medo me dão os robôs. (Julho de 1983)
Julio Cortázar (1914-1984) é um dos escritores argentinos mais importantes deste século.
Autor de Jogo da amarelinha, Bestiário, História de Cronópios e de Famas, entre outros.
Este texto foi cedido pela Agência EFE. (Tradução de Reynaldo Dama)
CRÔNICA
MEDO - sombras da infância - Julio Cortázar
Interrogar-me sobre o medo em minha infância é abrir um território vertiginoso e cruel que inutilmente venho tentando esquecer (todo adulto é hipócrita frente uma parte de sua meninice), mas que volta em pesadelos noturnos e noutros pesadelos que fui escrevendo sob a forma de contos fantásticos. A casa de minha infância estava tomada de sombras, recantos, andares e sótãos, e ao cair da noite as distâncias se tornavam desmedidas para este menino que devia ir ao banheiro atravessando dois pátios, ou trazer o que lhe pediam de uma dispensa remota. Sagas sangrentas de assassinos circulavam nas conversas de família após o jantar, o subúrbio transbordava de ladrões e vagabundos perigosos, mas isso tudo, que compreensivelmente aterrorizava minha mãe, somente incidiu marginalmente em meus medos. Numa idade que não consigo fixar, a solidão e a obscuridade desencadearam em mim outros temores jamais confessos; animalzinho literário desde então, o terror me chegou pelas leituras e não de crônicas vivas, inclusive nestas leituras o vórtice do pavor foi sempre a manifestação do sobrenatural, do que não se pode tocar, nem ouvir ou ver com os sentidos usuais, e que precipita sobre a vítima uma dimensão fora de toda lógica.
Assim, desarmado, nunca pude refugiar-me na confissão do temor que os mais velhos às vezes compreendem, ainda que quase sempre a rechacem em nome do senso comum, da hombridade e de outras cretinices; desde muito jovem tive que aceitar minha solidão nesse terreno ambíguo, onde o medo e a atração mórbida compunham meu mundo da noite. Consigo precisar hoje um marco seguro: a leitura clandestina, aos oito ou nove anos, dos contos de Edgar Allan Poe. Ali o real e o fantástico (digamos a rua Morgue e Berenice, o gato negro e Lady Madelaine Usher) se fundiram num horror unívoco que realmente me contaminou durante meses e do qual jamais me curei de todo. O folclore argentino também fazia das suas, através de tios e primas: o lobisomem, por exemplo, a possibilidade monstruosa do licantropo cada vez que me mandavam buscar algo no jardim em noite de lua cheia. Pouco me atemorizava a idéia de um criminoso que pudesse me apunhalar ou estrangular na sombra; esse criminoso estava do meu lado, inclusive minha ingenuidade me levava a crer-me capaz de defesa, com um direto na mandíbula ou uma patada letal. O medo era o outro, isso que a literatura anglo-saxã chama tão admiravelmente de the thing, "a coisa", o que não tem imagem nem definição precisa, roçar furtivo no cabelo, mão gelada no pescoço, risada percebida do outro lado de uma porta entreaberta. Contra isso não
havia resposta possível senão correr, cumprir o encargo a toda velocidade e regressar sem alento para recolher irrisoriamente grandes elogios por minha diligência. Meus companheiros de escola e de futebol tinham medo do que genericamente chamavam de
fantasmas, que extraíam de relatos familiares e de péssimos novelões góticos. A idéia do fantasma típico, com lençol branco e ruído de correntes, nunca me preocupou; podia admitir sua existência, e até admitia, mas estava quase seguro de que não se incomodariam em manifestar-se, achava-os demasiadamente estereotipados e repetitivos. Minhas leituras pouco controladas pelos adultos caminhavam infalivelmente para formas mais sutis do sobrenatural e do mórbido; literatura da catalepsia e do sonambulismo, por exemplo, que abundava nas bibliotecas de minha infância; o Golem, que entrou prematuramente em minha vida; os duplos;
os autômatos homicidas; e já no umbral da despedida infantil, o monstro filho de Mary Shelley e do doutor Frankenstein; além de Césare, a horrenda criatura de Caligari. O menino é o pai do homem, e quem ler estas linhas reconhecerá algumas das atmosferas que surgem de meus contos e de alguma novela (onde se trata de vampiros que, coisa estranha, não circularam muito nas noites de minha infância, sem dúvida por falhas bibliográficas). Se o medo cobriu de infelicidade minha meninice, por outro lado multiplicou as possibilidades de minha imaginação e me levou a exorcizá-lo através da palavra; contra meu próprio medo inventei o medo para outros, resta saber se os outros me agradecerão. Em todo caso, creio que um mundo sem medo será um mundo demasiado seguro de si mesmo, excessivamente mecânico. Desconfio dos que afirmam nunca ter sentido medo; ou mentem, ou são robôs dissimulados, e que medo me dão os robôs. (Julho de 1983)
Julio Cortázar (1914-1984) é um dos escritores argentinos mais importantes deste século.
Autor de Jogo da amarelinha, Bestiário, História de Cronópios e de Famas, entre outros.
Este texto foi cedido pela Agência EFE. (Tradução de Reynaldo Dama)
domingo, julho 28, 2002
Por William
Seguro
Vocês sabem que hoje em dia o seguro de automóvel é indispensável. Não podemos deixar nem Uno de nossos Benz à Mercedes desses ladrões que fazem a Fiesta nessa Honda de assaltos. A Marea tá Brava! Quem não segura seu automóvel pode se Ferrari e depois só GM pelos cantos, a Ranger os dentes e a Courier de um lado para outro, Vigiando a Strada e perguntando "Kadett meu carro?" Faz a maior Siena e fica Palio de Townervoso! Aí vai
rezar um terço para Santana ajudar. Mas, isto não Elbastante para Ter seu carro de volta. Seguro é o Tipo de negócio difícil, Mazda para resolver sem ficar com cara de Besta no final. O seguro é um Prêmio para quem o faz. Tempra todo veículo. Tem Parati também. E, na hora de fazer o seguro do seu carro, pense nas Variantes. Afinal Quantum mais opções, melhor! Você vai ver que o nosso seguro é legal às Pampas. Por isso, ele oFusca os demais e vai marcar um Gol na hora do Accord. Não deixe o prazo Passat! Monza obra! Venha Logus! Estamos Kombinados? Espero seu contato. Visite qualquer agência do BaVespa e Accent na frentedo nosso Galant gerente, o Williams. Não se esqueça de levar o Stratus de seu banco e colocar um Blazer bem bonito, parecendo um Diplomata de Classe A. Mas, não deixe de olhar todos os Topic do contrato. Somos bem melhores Kia concorrência e se você perder esta Xantia, vai se Corsa todo de raiva. OKa? Com alguns que tem por ai você se Ford! Com nosso seguro, você pode passar um Weekend tranqüilo fazendo um Paseo pela praia de Ipanema que, se roubarem seu carro, mesmo que seja em dia de Eclipse, você não terá problema. Temos nossa Suprema garantia de pagamento em prazo recorde. Não precisa D20 dias, como outros que tem por aí. Hoje mesmo estamos pagando um seguro de um roubo que ocorreu A10 dias. S10se pagaríamos antes até. Você pode estar em qualquer lugar, de um Polo ao outro, que nós damos a
assistência que precisar. É só Scania os documentos e mandar por e-mail mesmo. E se não precisar usar o seguro no fim do contrato, Dakota que você
agou, ainda uma parte. Volvoltar a dizer: faça seguro! É Clarus que é bom! Boa Voyage e Pointer final.
P.S.: Se você achou este texto interessante, Cherokee e Mondeo.
Seguro
Vocês sabem que hoje em dia o seguro de automóvel é indispensável. Não podemos deixar nem Uno de nossos Benz à Mercedes desses ladrões que fazem a Fiesta nessa Honda de assaltos. A Marea tá Brava! Quem não segura seu automóvel pode se Ferrari e depois só GM pelos cantos, a Ranger os dentes e a Courier de um lado para outro, Vigiando a Strada e perguntando "Kadett meu carro?" Faz a maior Siena e fica Palio de Townervoso! Aí vai
rezar um terço para Santana ajudar. Mas, isto não Elbastante para Ter seu carro de volta. Seguro é o Tipo de negócio difícil, Mazda para resolver sem ficar com cara de Besta no final. O seguro é um Prêmio para quem o faz. Tempra todo veículo. Tem Parati também. E, na hora de fazer o seguro do seu carro, pense nas Variantes. Afinal Quantum mais opções, melhor! Você vai ver que o nosso seguro é legal às Pampas. Por isso, ele oFusca os demais e vai marcar um Gol na hora do Accord. Não deixe o prazo Passat! Monza obra! Venha Logus! Estamos Kombinados? Espero seu contato. Visite qualquer agência do BaVespa e Accent na frentedo nosso Galant gerente, o Williams. Não se esqueça de levar o Stratus de seu banco e colocar um Blazer bem bonito, parecendo um Diplomata de Classe A. Mas, não deixe de olhar todos os Topic do contrato. Somos bem melhores Kia concorrência e se você perder esta Xantia, vai se Corsa todo de raiva. OKa? Com alguns que tem por ai você se Ford! Com nosso seguro, você pode passar um Weekend tranqüilo fazendo um Paseo pela praia de Ipanema que, se roubarem seu carro, mesmo que seja em dia de Eclipse, você não terá problema. Temos nossa Suprema garantia de pagamento em prazo recorde. Não precisa D20 dias, como outros que tem por aí. Hoje mesmo estamos pagando um seguro de um roubo que ocorreu A10 dias. S10se pagaríamos antes até. Você pode estar em qualquer lugar, de um Polo ao outro, que nós damos a
assistência que precisar. É só Scania os documentos e mandar por e-mail mesmo. E se não precisar usar o seguro no fim do contrato, Dakota que você
agou, ainda uma parte. Volvoltar a dizer: faça seguro! É Clarus que é bom! Boa Voyage e Pointer final.
P.S.: Se você achou este texto interessante, Cherokee e Mondeo.
sábado, julho 27, 2002
http://vacuo.com.ar/mussumgrapher.swf
Esse link é um "tradutor" de frases para a "língua" do trapalhão Mussum, o "Mussumlês". Escreva qualquer frase e click em "to mussum" e ela será traduzida!!!!!!
Apenas como teste, escreva por exemplo: "vai tomar no ..." (vc sabe) e veja que interessante a tradução...
Esse link é um "tradutor" de frases para a "língua" do trapalhão Mussum, o "Mussumlês". Escreva qualquer frase e click em "to mussum" e ela será traduzida!!!!!!
Apenas como teste, escreva por exemplo: "vai tomar no ..." (vc sabe) e veja que interessante a tradução...
Por João
Aí galera ....esse site tem a foto de vcs na epóca da escola. Não sei se
todos vão conseguir encontrar.
http://www.meirinho.com.br/alunosbr
Aí galera ....esse site tem a foto de vcs na epóca da escola. Não sei se
todos vão conseguir encontrar.
http://www.meirinho.com.br/alunosbr
sexta-feira, julho 26, 2002
por MARCEL NADALE (marcel@quadradinho.com.br)
Desastres de avião para desastres musicais
Um momento de humor negro. Agradeço imensamente a um santo que ainda não foi canonizado pelo papa, mas que o será assim que a Igreja Católica notar suas imprescindíveis colaborações ao cenário musical mundial: Alberto Santos Dumont, o nosso pai da aviação – essa filha bastarda cujo DNA os americanos ainda atribuem aos irmãos Wright.
Pois bem. Foram esses americanos que semana passada se beneficiaram de mais um desastre aéreo abençoado por Dumont. Nos livramos de mais uma dublê de diva negra do R&B, a Aaliyah – que já merecia passar dessa para melhor só pela grafia pseudo-africana do nome. O sinistro ocorreu quando Aaliyah voltava das gravações de seu novo clipe nas Bahamas. Tudo indica que, desgraçado pela música ruim da patroa, o piloto decidiu produzir uma continuação para “Romeu Tem Que Morrer”, o maior sucesso cinematográfico da moçoila (sim, ela também era atriz). Muito shakespeareano, botou o teco-teco no chão e mandou a Julieta para junto de seu amado.
Agora, claro, as rádios americanas oferecerão aquele boom necrófilo de músicas da cantora. Mais ou menos como ocorreu com os Mamonas Assassinas, o mais famoso similar nacional para esses casos. Em 96, embalados por “Pelados em Santos”, estes meninos de Guarulhos voaram alto – só não o suficiente para desviarem da Serra da Cantareira. Quem mandou trocar a Brasília amarela por um boeingzinho fuleiro? Dumont não perdoa.
A diferença entre os Mamonas e a Aaliyah é que com eles pudemos nos divertir com as fotos mórbidas do Notícias Populares, enquanto da cantora não sobrou nem um implante de silicone pra contar história. Suspeito que as fotos de Dinho e companhia foram o legado mais importante que a banda deixou. Legendas como “À esquerda, perna do Dinho” contém exatamente o tipo de humor incauto que os rapazes consagraram em seus sucessos. E olha só: de brinde ainda veio a pitchulinha Valéria Zopello e sua patética tentativa de virar uma nova Galisteu. Risível.
Perceba que, assim como na vida, na morte tudo é uma questão de troca. Em uma noite de tempestade, o santo Santos Dumont abateu o cantor chicano Ritchie Vallens, autor do hit “La Bamba” (“La Bomba”, isso sim), e em troca nos deu um clássico da sessão da tarde. Ótimo custo-benefício, se você quer minha opinião! Só lamento o filme ter servido para colocar um ser desprezível como Lou Diamond Phillips no mapa de Hollywood.
O coitado do Ritchie Vallens desrespeitou um instinto natural. Desafiou seu medo de avião e acabou deixando o mundo mais feliz. Nossa última vítima, contudo, mostrou-se corajosa e desafiou não apenas o medo como a Grande Mãe Natureza. Com certeza inspirado pelo sonho de Dumont, Herbert Vianna decidiu planar de ultra-leve em um dia de fog londrina. Deu no que deu. Antes, para o nosso infortúnio, Vianna perguntava aos berros “Que país é esse?”. Agora, abobado, pergunta que pai é esse, que mãe é essa, que língua é essa e que corte de cabelo ridículo é esse. Música, nunca mais, graças a Deus.
Despeço-me com um pesar no coração e uma prece ao meu santo de devoção. Que os programas de milhagem sejam gentis com Carlinhos Brown, Lenine, Arnaldo Antunes e com toda a galera do Charlie Brown Jr. Bon voyage.
Desastres de avião para desastres musicais
Um momento de humor negro. Agradeço imensamente a um santo que ainda não foi canonizado pelo papa, mas que o será assim que a Igreja Católica notar suas imprescindíveis colaborações ao cenário musical mundial: Alberto Santos Dumont, o nosso pai da aviação – essa filha bastarda cujo DNA os americanos ainda atribuem aos irmãos Wright.
Pois bem. Foram esses americanos que semana passada se beneficiaram de mais um desastre aéreo abençoado por Dumont. Nos livramos de mais uma dublê de diva negra do R&B, a Aaliyah – que já merecia passar dessa para melhor só pela grafia pseudo-africana do nome. O sinistro ocorreu quando Aaliyah voltava das gravações de seu novo clipe nas Bahamas. Tudo indica que, desgraçado pela música ruim da patroa, o piloto decidiu produzir uma continuação para “Romeu Tem Que Morrer”, o maior sucesso cinematográfico da moçoila (sim, ela também era atriz). Muito shakespeareano, botou o teco-teco no chão e mandou a Julieta para junto de seu amado.
Agora, claro, as rádios americanas oferecerão aquele boom necrófilo de músicas da cantora. Mais ou menos como ocorreu com os Mamonas Assassinas, o mais famoso similar nacional para esses casos. Em 96, embalados por “Pelados em Santos”, estes meninos de Guarulhos voaram alto – só não o suficiente para desviarem da Serra da Cantareira. Quem mandou trocar a Brasília amarela por um boeingzinho fuleiro? Dumont não perdoa.
A diferença entre os Mamonas e a Aaliyah é que com eles pudemos nos divertir com as fotos mórbidas do Notícias Populares, enquanto da cantora não sobrou nem um implante de silicone pra contar história. Suspeito que as fotos de Dinho e companhia foram o legado mais importante que a banda deixou. Legendas como “À esquerda, perna do Dinho” contém exatamente o tipo de humor incauto que os rapazes consagraram em seus sucessos. E olha só: de brinde ainda veio a pitchulinha Valéria Zopello e sua patética tentativa de virar uma nova Galisteu. Risível.
Perceba que, assim como na vida, na morte tudo é uma questão de troca. Em uma noite de tempestade, o santo Santos Dumont abateu o cantor chicano Ritchie Vallens, autor do hit “La Bamba” (“La Bomba”, isso sim), e em troca nos deu um clássico da sessão da tarde. Ótimo custo-benefício, se você quer minha opinião! Só lamento o filme ter servido para colocar um ser desprezível como Lou Diamond Phillips no mapa de Hollywood.
O coitado do Ritchie Vallens desrespeitou um instinto natural. Desafiou seu medo de avião e acabou deixando o mundo mais feliz. Nossa última vítima, contudo, mostrou-se corajosa e desafiou não apenas o medo como a Grande Mãe Natureza. Com certeza inspirado pelo sonho de Dumont, Herbert Vianna decidiu planar de ultra-leve em um dia de fog londrina. Deu no que deu. Antes, para o nosso infortúnio, Vianna perguntava aos berros “Que país é esse?”. Agora, abobado, pergunta que pai é esse, que mãe é essa, que língua é essa e que corte de cabelo ridículo é esse. Música, nunca mais, graças a Deus.
Despeço-me com um pesar no coração e uma prece ao meu santo de devoção. Que os programas de milhagem sejam gentis com Carlinhos Brown, Lenine, Arnaldo Antunes e com toda a galera do Charlie Brown Jr. Bon voyage.
terça-feira, julho 23, 2002
by Shadow
Saca só essa.
Você acha ruim o desemprego no Brasil. Você vai frequentemente ao McDonald's? Quando termina de comer, leva a bandeja cheia de imundice e joga no lixo como um bom cidadão? Pois deixe de ser retardado e não faça mais isso!! Qual outro restaurante você faz isso?? Opa! Não me venha com essa de que McDonald's não é restaurante porque é sim!! Jogando o seu lixo no lixo, você contribui e muito para que os cofres dessa merda lotem mais ainda de bufunfa! Não entendeu ainda né?? Se vc não joga seu lixo lá na lixeira, alguém vai ter que fazer isso. De vez em quando você vê um funcionário ou outro limpando as mesas, geralmente num certo horário do dia. Mas se todo mundo deixasse suas bandejas nas mesas, seria necessária a contratação de no mínimo 2 pessoas pra cada turno, dependendo do tamanho do estabelecimento. Sendo que tem uma caralhada de Mc's por aí. Olha quanta gente ganharia emprego. Tô errado?
E me diz também em que restaurante você vai até a cozinha, pede a comida, espera em pé, paga e depois senta pra comer? Tudo errado!
Saca só essa.
Você acha ruim o desemprego no Brasil. Você vai frequentemente ao McDonald's? Quando termina de comer, leva a bandeja cheia de imundice e joga no lixo como um bom cidadão? Pois deixe de ser retardado e não faça mais isso!! Qual outro restaurante você faz isso?? Opa! Não me venha com essa de que McDonald's não é restaurante porque é sim!! Jogando o seu lixo no lixo, você contribui e muito para que os cofres dessa merda lotem mais ainda de bufunfa! Não entendeu ainda né?? Se vc não joga seu lixo lá na lixeira, alguém vai ter que fazer isso. De vez em quando você vê um funcionário ou outro limpando as mesas, geralmente num certo horário do dia. Mas se todo mundo deixasse suas bandejas nas mesas, seria necessária a contratação de no mínimo 2 pessoas pra cada turno, dependendo do tamanho do estabelecimento. Sendo que tem uma caralhada de Mc's por aí. Olha quanta gente ganharia emprego. Tô errado?
E me diz também em que restaurante você vai até a cozinha, pede a comida, espera em pé, paga e depois senta pra comer? Tudo errado!
domingo, julho 21, 2002
Guia dos trevosos
Um manual completo, revisto e ampliado de como ser um verdadeiro Dark do Mal (Por Danilo Dark Tinhoso e Társis Gothic Cramunhão)
1) O que é dark?
Ser DARK é gostar do mal, das trevas, do tinhoso, da melancolia, de usar e suar com maquiagem, de querer ser o Iggy Pop. Ser arrogante e se achar melhor que todo mundo. De achar que a morte é a única coisa bela, o resto é balela.
2) Tio, como eu viro DARK?
Para ser um verdadeiro DARK é necessário ser uma pessoa especial. Logo só os darks são especiais, o resto é xarope. E como vc é especial? Se ferrou, se nasce especial então sem chance. Para ser um verdadeiro ser das trevas além de ser especial vc tem que se descobri gótico, senão não funciona. Isso vem do Sangue entende? Das sombras, do profundo e congelante mundo dos espíritos trevosos. Ser um vampirinho pálido e com olheiras requer muita maquiagem. Requer gastar muito dinheiro em produtos de qualidade, que não derretam o mais rápido possível. Se tiver problemas com dinheiro, ah, então usa sabonete mesmo... Primeiro molhe bem a mão, dê uma ensaboada e ESTIQUE o cabelucho. É o estilo que interessa, não
importa se você vai ficar cheirando Phebo o resto da noite.
3) Quais são as referências para se virar dark?
Ah, ter um sobretudo!!!! Um morcego de sobretudo é um dark. Sem sobretudo é apenas um pequeno Batman desgarrado.E para ser dark vc precisa ter mais de vinte e três anos, senão, esqueça, vc nunca será um dark. Porque vc nunca terá ido no show do Sisters of Mercy, Jesus and the Mary Chains, The Cure (na primeira vez) e Siouxie (idem, na primeirona), Cocteau Twins... Para ser um dark REAL ao movimento é necessário possuir VINIS do
Bauhaus - um ou mais. É preciso ter usado aqueles gelzinhos New Wave em 85-86. Ter assistido a um Show do Cabine C ou do Violeta de Outono. É preciso ter um pôster do DJ Toonnyy entre os pôsteres do Sisters e Bauhaus pq ele é o verdadeiro Bento Carneyro, o vampiro brasileiro, que vendia um tal de cd Black Sundays e disseram até que ele foi preso e passou dois anos no Carandiru, numa cela totalmente escura ouvindo Pink Industry e Opera Multi Steel...
4) Poxa vida, e a música e bandas então?
AH.. as bandas Trevosas fundamentais???? Vamos lá: Pink Industry, se não conhece essa banda, esqueça.. nem precisa terminar de ler.. Opera Multi Steel, que dizem que é a banda do primo do Toonnyy que mora lá na França. É necessário ter sido uma das quinze pessoas no show do Revenge ao
lado do bispo Vitzac.
5) Como me comporto?
Vestir preto por estar de luto contra a sociedade nefasta que acaba com o indivíduo... Dançar com a parede. Claro, se ninguém estiver olhando, dance com uma morceguinha bem gostosa, mas se olharem encoste a cabeça na parede, dá uma agachadinha e vai mexendo a bundinda.... é preciso tomar sangue de boi no Madame Satã, O PRIMEIRO - Claaaaro. Ter tropeçado no Nick Cave no mesmo lugar. Gostar de Satanás ou ter vendido a alma pra ele por uma noite com a mulher amada, mas na verdade o ato sexual não pode ter sido consumado, pq afinal de contas todo DARK de verdade é um Romântico e PRECISA ser virgem e problemático.
6) E o que eu devo ler e escrever?
Ler e recitar pelo menos doze sonetos inteiros em menos de 1 minuto: Baudelaire, Byron, Whitman, Goethe, Álvares de Azevedo. Ter a coleção inteirinha do Sandman editada pela Globo. Mas neste caso, só os darks muito muito trevosos e do mal fazem isto. Um passo além no ritual dark, pq exige o dobro de especialidade da pessoa. Depois, vc vai pro ritual da escrever... Primeiro sente-se no escuro, com uma luz de vela... E derrame seu sentimento no papel mas não, não assim... LEMBRE-SE: o TEMA é a alma do negócio !!!! Então a poesia de um dark é geralmente sobre vampiros, bruxas, morte, putrefação, amores perdidos...
6) Algo mais tio?
Ter pisado em muitas baratas dentro de um cemitério a noite. Não é fácil, mas se sua alma for realmente negra e soturna.. terás uma chance. Espero q as trevas os iluminem nesta jornada.. (??!!)
Se não conseguir, basta entrar em contato, estamos lançando o INSTITUTO UNIVERSAL DARK, IUD, onde você pode fazer seu supletivo para gótico em apenas 1 mês e meio. É simples e rápido. Totalmente apostilado, vc estuda sem sair de casa! E melhor, seu diploma é enviado ao MEC e depois para você pelos Correios, sem despesas, sem taxas extras. O curso é totalmente GRÁTIS, você só paga a apostila !!!!!!! IUD, Soluções Darks Para Você !!!!! AGUARDE: ESTANTE SANGRENTO NO MADAME SATÃ Para infos e mais detalhes falar com o CARA DA ESCADA do Satã. Ele é primeiro agente credenciado pelo IUD, Soluções Darks Para Você! PROMOÇÃO EXCLUSIVA IUD, SOLUÇÕES DARKS PARA VOCÊ !!!!: JUNTE 10 TAMPINHAS DE VINHO CHAPINHA E GANHE UMA LINDA MINIATURA DO BELA LUGOSI. POSTO DE TROCA TAMBÉM COM O CARA DA ESCADA DO SATÃ, PRIMEIRO AGENTE CREDENCIADO PELO IUD, SOLUÇÕES DARKS PARA VOCÊ !!!! (Por Társis Schwald e Danilo Corci)
Adendo criado por DEUS NOITE
Adendo número 1 - a Lei da Ankh, dos piercings e acessórios
- A Ankh - Você não será nunca um gótico ou Dark no mais profundo dos sentidos se não utilizar uma Ankh. A Ankh terá que trazer o simbolo profundo, e poderá possuir enfeites e modelos diferentes, mas será sempre uma ankh e devera sempre estar presente no seu corpo, seja ela no formato de anel, brinco, pingente, tatuagem ou cicatriz das várias trocas de sangues nos rituais realizados para a sua transformação de vampiro. Claro, todo gótico e Dark que se prese é um vampiro, seja sanguíneo, psíquico, chefe de seção, ou algo que lembre o sugador. A ankh mais favoravel de utilização deverá ser igual a utilizada por David Bowie no Fome de Viver.. The Hunger.. Na falta, deverá utilizar qualquer um dos modelos confeccionados. O local de compra só poderá ser por meio de importação direto da Europa. Se não, não há como provar que vc é realmente alguém de profundo conhecimento darkgothico ou que participe da Cena* (ver referencia à Cena). Parágrafo primeiro: No mais triste dos momentos, se houver a perda da sua Ankh por motivos de espancamento por skins (vc não é dark ou gótico se não foi espancado nenhuma vez, saiba disso e procure o antro mais proximo). Bem, como dizia: se você, por motivos de força maior perdeu a sua ankh, corra ao cemitério mais próximo e roube uma cruz e ache um jeito de carregá-la. Sem a proteção de sua ankh ou cruz, vc estará definitivamente desprotegido, e nem o seu luto e roupa contra malefícios o protegerão da crise.
- Os Piercings - O que, vc não tem uma única jóia pendurada no seu corpo? Tsc tsc tsc.. mal começo. Dark que se prese, além de ter o corpo todo perfurado, incluindo orgãos genitais. Tem que ficar provando o sangue de quando é furada alguma de suas partes do corpo. A língua é a principal fonte... fure-a várias vezes, e beije enquanto estiver sangrando.. não esquente se você engolir ou engasgar com piercing.. a falta de prática pode levar a esses contratempos.. mas fique feliz, se você engolir ou engasgar feio, force-se para morrer, terá atingido todo o objetivo almejado: todos os góticos do mundo.. Morrer no meio de um beijo sanguinolento com sua amada. Será necessário colocar outros piercings além da língua, quanto mais melhor, você precisa se parecer com uma árvore de natal com tudo o que puder pendurar. Parágrafo primeiro: Todo e qualquer penduricalho deverá ser prateado. Outra cor, você estará começando a pertencer a outra tribo (* ver referência tribo e rótulos).
- Maquiagem - complemento do existente: Você é obrigado além de usar o sabonete na cara, passar batom preto e utilizar as unhas de preto... em momentos de desespero, cole fita isolante em toda a mão.
- Vestuário - Você só será dark gótico se além de utilizar o sobretudo para tudo, também ter em seu armário modelos idênticos aos confeccionados no século passado ou na europa medieval. Essa é a única excessão a regra do preto, que deve ser mantido desde as roupas intimas até mesmo a maquiagem.
Adendo 2 - Rótulos e Tribo - Você é um ser das trevas, isso quer dizer que não gosta de ninguém e não quer o bem de ninguém, tão pouco precisa de companhia. Por isso, ser associado a um grupo é o cúmulo. Toda vez que você for associado a uma tribo, grupo, espécie, fadinha (ops.. lugar errado) todo tipo de grupo, você deve responder: " Nao, não sou gótico e nem pertenço ao grupo", no máximo pertenço a cena.
Cena - Da mesma forma de utilização de: "projetos" em todo evento ligado ao Mundo gótico e a religião gótica e dark do mal, você terá que fazer parte da cena. Mas isso não significa envolver-se. Fazer parte da cena significa meter a boca em todos os eventos, festas, agrupamentos, e qualquer coisa que defina isso. Também faz parte da cena frequentar o Garoa na Paulista, nem que seja ficar sozinho lá e não avisar para ninguém que você ia ou que queria participar do encontro. Também é importante dizer que como você é um Dark Gótico do Mal, você não pede informações, ou seja, foda-se... sente na primeira mesa de um estranho e comece a encará-lo... diga BU.. se ele responder BU, ele é da Cena.. então, nesse momento abrace-o, diga: hau sou amigo... vire as costas e parta, você é um ser único e indepentedente, não precisa de misturar com esses estranhos posers que se acham dark góticos. No dia seguinte, meta a boca (no sentido de falar mal) no evento e nas pessoas. Participar da cena é xingar o vizinho, cuspir no prato que comeu e encher o saco dos outros com crises depressivas, também falar mal de tudo que é tentando fazer pela "Tribo" ops... novamente cometi a gafe.. mas é necessário, faça o que eu falo não faça o que eu faço. Ps: Se vc é de outra cidade, que não é São Paulo, desista.. você não é um dark gótico.. é impossível, tem que mudar para capital gótico do interior é muito poser. E de outras capitais, não tem madame satã, então, não podem ser góticos porque é de extrema necessidade viver e beber vinho lá assim como antes ou depois pular muro dos cemitérios. Parágrafo um: Toda vez que te indagarem: "Você é dark ou gótico", você tem que responder: Não sou nada, "eu odeio rótulos". Parágrafo dois: Olhe para todos os lados, responda para a pessoa: "dizem que eu sou, mas eu realmente não sei se sou". Parágrafo três: Grite: PORRA, TÁ BOM.. EU SOU EU SOU GÓTICO... MAS AMOOOOOOOOOOO A MORTE!!! (você tem que fazer jus a história que por ser gótico e usar batom preto. Você também não pode ser héterossexual e ter a mente aberta, você tem que ser bissexual).Obs.: a classe de bissexual é dada devido ao movito que todos os vampiros sao bissexuais.
Da virtualidade dos góticos - O mundo não é o mesmo que na idade média... você não pode ser o romântico e imaginar a idade média aquela mais perfeita cena, esquecendo detalhes de que o banheiro era debaixo da escada do castelo, de que o banho era anual ou mais tempo, ou seja, vc tem que
ser aficionado pelo passado distante... e também ao passado recente... futurista, vc só poderá ser se conectar a internet e deverá ser para dar explicação lógica de como era bom o passado e você não sabe porque vive hoje. Na sua introdução ao mundo do futuro a virtualidade é importante... Você só será dark completo se: - Idolatrar o Cid por ter criado o Sépia e tbem idolatrar todos que fazem o Gothic.art. - Falar mal de todos os que estão envolvidos em qualquer projeto. - É necessário participar da lista Sépia, nem que seja para falar mal dela. - É obrigatório terminar os e-mails em "Carpe noctem". - É obrigatorio estar ouvindo algo para escrever a lista. É obrigatório ter obrigações e reclamar dela.
Um manual completo, revisto e ampliado de como ser um verdadeiro Dark do Mal (Por Danilo Dark Tinhoso e Társis Gothic Cramunhão)
1) O que é dark?
Ser DARK é gostar do mal, das trevas, do tinhoso, da melancolia, de usar e suar com maquiagem, de querer ser o Iggy Pop. Ser arrogante e se achar melhor que todo mundo. De achar que a morte é a única coisa bela, o resto é balela.
2) Tio, como eu viro DARK?
Para ser um verdadeiro DARK é necessário ser uma pessoa especial. Logo só os darks são especiais, o resto é xarope. E como vc é especial? Se ferrou, se nasce especial então sem chance. Para ser um verdadeiro ser das trevas além de ser especial vc tem que se descobri gótico, senão não funciona. Isso vem do Sangue entende? Das sombras, do profundo e congelante mundo dos espíritos trevosos. Ser um vampirinho pálido e com olheiras requer muita maquiagem. Requer gastar muito dinheiro em produtos de qualidade, que não derretam o mais rápido possível. Se tiver problemas com dinheiro, ah, então usa sabonete mesmo... Primeiro molhe bem a mão, dê uma ensaboada e ESTIQUE o cabelucho. É o estilo que interessa, não
importa se você vai ficar cheirando Phebo o resto da noite.
3) Quais são as referências para se virar dark?
Ah, ter um sobretudo!!!! Um morcego de sobretudo é um dark. Sem sobretudo é apenas um pequeno Batman desgarrado.E para ser dark vc precisa ter mais de vinte e três anos, senão, esqueça, vc nunca será um dark. Porque vc nunca terá ido no show do Sisters of Mercy, Jesus and the Mary Chains, The Cure (na primeira vez) e Siouxie (idem, na primeirona), Cocteau Twins... Para ser um dark REAL ao movimento é necessário possuir VINIS do
Bauhaus - um ou mais. É preciso ter usado aqueles gelzinhos New Wave em 85-86. Ter assistido a um Show do Cabine C ou do Violeta de Outono. É preciso ter um pôster do DJ Toonnyy entre os pôsteres do Sisters e Bauhaus pq ele é o verdadeiro Bento Carneyro, o vampiro brasileiro, que vendia um tal de cd Black Sundays e disseram até que ele foi preso e passou dois anos no Carandiru, numa cela totalmente escura ouvindo Pink Industry e Opera Multi Steel...
4) Poxa vida, e a música e bandas então?
AH.. as bandas Trevosas fundamentais???? Vamos lá: Pink Industry, se não conhece essa banda, esqueça.. nem precisa terminar de ler.. Opera Multi Steel, que dizem que é a banda do primo do Toonnyy que mora lá na França. É necessário ter sido uma das quinze pessoas no show do Revenge ao
lado do bispo Vitzac.
5) Como me comporto?
Vestir preto por estar de luto contra a sociedade nefasta que acaba com o indivíduo... Dançar com a parede. Claro, se ninguém estiver olhando, dance com uma morceguinha bem gostosa, mas se olharem encoste a cabeça na parede, dá uma agachadinha e vai mexendo a bundinda.... é preciso tomar sangue de boi no Madame Satã, O PRIMEIRO - Claaaaro. Ter tropeçado no Nick Cave no mesmo lugar. Gostar de Satanás ou ter vendido a alma pra ele por uma noite com a mulher amada, mas na verdade o ato sexual não pode ter sido consumado, pq afinal de contas todo DARK de verdade é um Romântico e PRECISA ser virgem e problemático.
6) E o que eu devo ler e escrever?
Ler e recitar pelo menos doze sonetos inteiros em menos de 1 minuto: Baudelaire, Byron, Whitman, Goethe, Álvares de Azevedo. Ter a coleção inteirinha do Sandman editada pela Globo. Mas neste caso, só os darks muito muito trevosos e do mal fazem isto. Um passo além no ritual dark, pq exige o dobro de especialidade da pessoa. Depois, vc vai pro ritual da escrever... Primeiro sente-se no escuro, com uma luz de vela... E derrame seu sentimento no papel mas não, não assim... LEMBRE-SE: o TEMA é a alma do negócio !!!! Então a poesia de um dark é geralmente sobre vampiros, bruxas, morte, putrefação, amores perdidos...
6) Algo mais tio?
Ter pisado em muitas baratas dentro de um cemitério a noite. Não é fácil, mas se sua alma for realmente negra e soturna.. terás uma chance. Espero q as trevas os iluminem nesta jornada.. (??!!)
Se não conseguir, basta entrar em contato, estamos lançando o INSTITUTO UNIVERSAL DARK, IUD, onde você pode fazer seu supletivo para gótico em apenas 1 mês e meio. É simples e rápido. Totalmente apostilado, vc estuda sem sair de casa! E melhor, seu diploma é enviado ao MEC e depois para você pelos Correios, sem despesas, sem taxas extras. O curso é totalmente GRÁTIS, você só paga a apostila !!!!!!! IUD, Soluções Darks Para Você !!!!! AGUARDE: ESTANTE SANGRENTO NO MADAME SATÃ Para infos e mais detalhes falar com o CARA DA ESCADA do Satã. Ele é primeiro agente credenciado pelo IUD, Soluções Darks Para Você! PROMOÇÃO EXCLUSIVA IUD, SOLUÇÕES DARKS PARA VOCÊ !!!!: JUNTE 10 TAMPINHAS DE VINHO CHAPINHA E GANHE UMA LINDA MINIATURA DO BELA LUGOSI. POSTO DE TROCA TAMBÉM COM O CARA DA ESCADA DO SATÃ, PRIMEIRO AGENTE CREDENCIADO PELO IUD, SOLUÇÕES DARKS PARA VOCÊ !!!! (Por Társis Schwald e Danilo Corci)
Adendo criado por DEUS NOITE
Adendo número 1 - a Lei da Ankh, dos piercings e acessórios
- A Ankh - Você não será nunca um gótico ou Dark no mais profundo dos sentidos se não utilizar uma Ankh. A Ankh terá que trazer o simbolo profundo, e poderá possuir enfeites e modelos diferentes, mas será sempre uma ankh e devera sempre estar presente no seu corpo, seja ela no formato de anel, brinco, pingente, tatuagem ou cicatriz das várias trocas de sangues nos rituais realizados para a sua transformação de vampiro. Claro, todo gótico e Dark que se prese é um vampiro, seja sanguíneo, psíquico, chefe de seção, ou algo que lembre o sugador. A ankh mais favoravel de utilização deverá ser igual a utilizada por David Bowie no Fome de Viver.. The Hunger.. Na falta, deverá utilizar qualquer um dos modelos confeccionados. O local de compra só poderá ser por meio de importação direto da Europa. Se não, não há como provar que vc é realmente alguém de profundo conhecimento darkgothico ou que participe da Cena* (ver referencia à Cena). Parágrafo primeiro: No mais triste dos momentos, se houver a perda da sua Ankh por motivos de espancamento por skins (vc não é dark ou gótico se não foi espancado nenhuma vez, saiba disso e procure o antro mais proximo). Bem, como dizia: se você, por motivos de força maior perdeu a sua ankh, corra ao cemitério mais próximo e roube uma cruz e ache um jeito de carregá-la. Sem a proteção de sua ankh ou cruz, vc estará definitivamente desprotegido, e nem o seu luto e roupa contra malefícios o protegerão da crise.
- Os Piercings - O que, vc não tem uma única jóia pendurada no seu corpo? Tsc tsc tsc.. mal começo. Dark que se prese, além de ter o corpo todo perfurado, incluindo orgãos genitais. Tem que ficar provando o sangue de quando é furada alguma de suas partes do corpo. A língua é a principal fonte... fure-a várias vezes, e beije enquanto estiver sangrando.. não esquente se você engolir ou engasgar com piercing.. a falta de prática pode levar a esses contratempos.. mas fique feliz, se você engolir ou engasgar feio, force-se para morrer, terá atingido todo o objetivo almejado: todos os góticos do mundo.. Morrer no meio de um beijo sanguinolento com sua amada. Será necessário colocar outros piercings além da língua, quanto mais melhor, você precisa se parecer com uma árvore de natal com tudo o que puder pendurar. Parágrafo primeiro: Todo e qualquer penduricalho deverá ser prateado. Outra cor, você estará começando a pertencer a outra tribo (* ver referência tribo e rótulos).
- Maquiagem - complemento do existente: Você é obrigado além de usar o sabonete na cara, passar batom preto e utilizar as unhas de preto... em momentos de desespero, cole fita isolante em toda a mão.
- Vestuário - Você só será dark gótico se além de utilizar o sobretudo para tudo, também ter em seu armário modelos idênticos aos confeccionados no século passado ou na europa medieval. Essa é a única excessão a regra do preto, que deve ser mantido desde as roupas intimas até mesmo a maquiagem.
Adendo 2 - Rótulos e Tribo - Você é um ser das trevas, isso quer dizer que não gosta de ninguém e não quer o bem de ninguém, tão pouco precisa de companhia. Por isso, ser associado a um grupo é o cúmulo. Toda vez que você for associado a uma tribo, grupo, espécie, fadinha (ops.. lugar errado) todo tipo de grupo, você deve responder: " Nao, não sou gótico e nem pertenço ao grupo", no máximo pertenço a cena.
Cena - Da mesma forma de utilização de: "projetos" em todo evento ligado ao Mundo gótico e a religião gótica e dark do mal, você terá que fazer parte da cena. Mas isso não significa envolver-se. Fazer parte da cena significa meter a boca em todos os eventos, festas, agrupamentos, e qualquer coisa que defina isso. Também faz parte da cena frequentar o Garoa na Paulista, nem que seja ficar sozinho lá e não avisar para ninguém que você ia ou que queria participar do encontro. Também é importante dizer que como você é um Dark Gótico do Mal, você não pede informações, ou seja, foda-se... sente na primeira mesa de um estranho e comece a encará-lo... diga BU.. se ele responder BU, ele é da Cena.. então, nesse momento abrace-o, diga: hau sou amigo... vire as costas e parta, você é um ser único e indepentedente, não precisa de misturar com esses estranhos posers que se acham dark góticos. No dia seguinte, meta a boca (no sentido de falar mal) no evento e nas pessoas. Participar da cena é xingar o vizinho, cuspir no prato que comeu e encher o saco dos outros com crises depressivas, também falar mal de tudo que é tentando fazer pela "Tribo" ops... novamente cometi a gafe.. mas é necessário, faça o que eu falo não faça o que eu faço. Ps: Se vc é de outra cidade, que não é São Paulo, desista.. você não é um dark gótico.. é impossível, tem que mudar para capital gótico do interior é muito poser. E de outras capitais, não tem madame satã, então, não podem ser góticos porque é de extrema necessidade viver e beber vinho lá assim como antes ou depois pular muro dos cemitérios. Parágrafo um: Toda vez que te indagarem: "Você é dark ou gótico", você tem que responder: Não sou nada, "eu odeio rótulos". Parágrafo dois: Olhe para todos os lados, responda para a pessoa: "dizem que eu sou, mas eu realmente não sei se sou". Parágrafo três: Grite: PORRA, TÁ BOM.. EU SOU EU SOU GÓTICO... MAS AMOOOOOOOOOOO A MORTE!!! (você tem que fazer jus a história que por ser gótico e usar batom preto. Você também não pode ser héterossexual e ter a mente aberta, você tem que ser bissexual).Obs.: a classe de bissexual é dada devido ao movito que todos os vampiros sao bissexuais.
Da virtualidade dos góticos - O mundo não é o mesmo que na idade média... você não pode ser o romântico e imaginar a idade média aquela mais perfeita cena, esquecendo detalhes de que o banheiro era debaixo da escada do castelo, de que o banho era anual ou mais tempo, ou seja, vc tem que
ser aficionado pelo passado distante... e também ao passado recente... futurista, vc só poderá ser se conectar a internet e deverá ser para dar explicação lógica de como era bom o passado e você não sabe porque vive hoje. Na sua introdução ao mundo do futuro a virtualidade é importante... Você só será dark completo se: - Idolatrar o Cid por ter criado o Sépia e tbem idolatrar todos que fazem o Gothic.art. - Falar mal de todos os que estão envolvidos em qualquer projeto. - É necessário participar da lista Sépia, nem que seja para falar mal dela. - É obrigatório terminar os e-mails em "Carpe noctem". - É obrigatorio estar ouvindo algo para escrever a lista. É obrigatório ter obrigações e reclamar dela.
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